Iranilda Maria da Silva de 44 anos, acusada de homicídio contra seu ex-companheiro em Tabaporã, vai se sentar no banco dos réus na próxima sexta-feira, 31 de outubro.
Na época do crime em maio de 2022, o caso ganhou repercussão após notícias destacarem que ela seria uma “garota de programa”, que motivada por ciúmes e pela exigência de “exclusividade” da vitima, teria cometido o crime. No entanto, a defesa apresenta uma versão diferente dos fatos, e diz que na realidade, Iranilda era vítima de abusos e violência doméstica por parte da vítima, Carlos Roberto de Oliveira, 43 anos.
Conforme o boletim de ocorrência, a polícia foi acionada por moradores da região que encontraram um corpo em uma estrada, sentido ao Rio Batelão. O homem tinha marcas de sangue na cabeça. Além disso, foi encontrada uma moto próxima ao corpo.
De acordo com a Polícia Civil, durante a investigação para descobrir o que tinha ocorrido, os policiais descobriram que uma mulher foi vista junto com a vítima horas do crime.
Levada à delegacia, a suspeita negou que estava com o homem. Depois, mudou o depoimento e disse que havia se encontrado com ele, mas negou o crime.
Com as informações coletadas, os policiais chegaram a outra suspeita, Iranilda. Ela também foi levada à delegacia e negou que tivesse cometido o assassinato, mas os policiais encontraram uma arma com ela. Após ser questionada novamente pelos investigadores, ela confessou o crime e foi autuada por homicídio.
A defesa argumenta que, ao contrário do que foi publicado na imprensa na época, Iranilda não era uma mulher motivada por ciúmes, mas uma vítima de um ciclo de abusos. Ela teve um relacionamento breve com a vítima e, nesse período, sofreu agressões e violência sexual em duas ocasiões. No dia do ocorrido, ela resistiu a uma terceira tentativa de coerção sexual, reagindo em defesa própria, o que resultou no trágico desfecho com a morte da vitima.
Fonte: da Redação do Porto Noticias