Home Política Após derrota no Senado, bolsonaristas vão de revolta a revanchismo. Lula projeta ter 53 senadores a seu favor

Após derrota no Senado, bolsonaristas vão de revolta a revanchismo. Lula projeta ter 53 senadores a seu favor

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Após a derrota de Rogério Marinho (PL-RN) para Rodrigo Pacheco (PSD-MG) na disputa pela presidência do Senado, lideranças bolsonaristas foram às redes se manifestar. Alguns adotaram o tom da pacificação, enquanto outros prometeram continuar aguerridos na oposição ao governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Houve também os que adotaram críticas e ataques aos colegas de parlamento.

Valdemar Costa Neto, presidente do PL e correligionário do ex-presidente Jair Bolsonaro, afirmou que neste momento a democracia “precisa de equilíbrio, firmeza e harmonia entre os poderes”. Nesse sentido, o dirigente partidário declarou já ter passado o momento de retomar as discussões e projetos para fazer o Brasil crescer.

“O governo que assumiu agora precisa apresentar soluções, pois, até agora, nada de concreto foi apresentado. O PL vai cobrar, vai fiscalizar e seguirá como uma oposição forte e responsável”, disse Valdemar. O presidente do partido também elogiou Marinho e desejou boa sorte a Rodrigo Pacheco.

Filho do ex-presidente, Flávio Bolsonaro também se manifestou. Ele parabenizou quem votou e trabalhou por Marinho e afirmou que o grupo seguirá na defesa das pautas defendidas pelo governo Bolsonaro. O senador também desejou que Rodrigo Pacheco “de alguma forma resgate a interdependência entre os Poderes”.

Outros bolsonaristas subiram o tom. Gustavo Gayer (PL), segundo deputado mais votado de Goiás, foi às redes e disse: “Isso aqui é uma putaria de um grande teatro. Uma democracia de vitrine. Não há mais parlamento nessa porra.”

O deputado Nikolas Ferreira (PL-MG), o mais votado do Brasil, classificou a vitória de Pacheco como uma “vergonha” e ainda provocou: “Eleição em papel no Senado? Hum, interessante”. O parlamentar faz referência ao discurso bolsonarista de defesa do voto impresso.

O senador Magno Malta (PL-ES), que chegou a ser cotado como candidato conservador à presidênica do Senado e apoiou Marinho, afirmou que a sua “luta vai continuar”. Colega do capixaba, Luiz Carlos Heinze (PP-RS) disse estar “aborrecido”, mas ressaltou que o bloco de oposição fez 32 votos e pode trabalhar fazendo “oposição séria e responsável”.

No fundo, vencer a eleição para o comando do Senado nunca fora a pretensão do grupo de oposição que lançou a candidatura de Rogério Marinho (PL-RN) contra a reeleição de Rodrigo Pacheco (PSD-MG). Como contou o Congresso em Foco, o plano principal era enfraquecer a vitória de Pacheco, torná-la menor, como um teste a estabelecer de que tamanho será a oposição parlamentar ao governo Lula, especialmente a sua posição mais extremada.

Nesse sentido, a tarefa posta, não confessada oficialmente, era fazer com que Rodrigo Pacheco vencesse com menos de 50 votos. Esse objetivo os oposicionistas conseguiram. Pacheco foi eleito com 49 votos. Seu adversário, Rogério Marinho, após a desistência de Eduardo Girão (Podemos-CE), teve 32 votos.

Esse é, então, o tamanho da pedra oposicionista colocada no sapato de Lula a partir do Senado? Para os principais articuladores do governo envolvidos na negociação com o Congresso, não. Entre os votos dados a Rogério Marinho, há outras motivações além do sentimento de oposição ao governo. Relacionadas a questões internas, especialmente ao grande poder dado ao senador Davi Alcolumbre (União-AP). Tais motivações não estão ligadas às pautas de interesse do governo e se dissipam agora diante da reeleição de Pacheco.

 

Com Metrópoles e Congresso em Foco

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