Uma arara Canindé, símbolo icônico da colonização e do turismo de Porto dos Gaúchos, foi encontrada ferida esta semana à beira da rodovia MT-338, próximo a cidade. O resgate da ave, que aparentemente foi alvejada por disparos de arma de fogo, foi realizado por um caminhoneiro que passava pela região.
Sem saber como proceder para salvar a ave, ele a entregou a uma funcionária do posto Estradão, que prontamente acionou Henrique Meyer, conhecido na região por sua atuação na preservação e tratamento da espécie.
“Foram uns entregadores de mercadoria de Sinop, que estavam em um caminhão baú. Eles disseram que avistaram a arara a beira da estrada, e a princípio acharam que ela tinha sido atropelada. Ainda disseram que tinha mais uma, mas que não conseguiram pegar por estar em um agalhada à beira da estrada. Acionei o sr. Henrique por ele ser o principal exemplo que temos, que zela por esta espécie na cidade”, disse Fabiana, que recebeu a arara no posto.
O veterinário Tiago Romero foi chamado por Henrique, e constatou que o ferimento na ave havia sido causado por arma de fogo. “O tiro pegou na lateral do peito e transpassou para as costas da ave. Fizemos os procedimentos necessários e encaminhamos a arara para o viveiro da secretaria de Turismo e Meio Ambiente, onde continua em tratamento”, explicou Tiago.
Uma vez recuperada, a arara deverá ser solta no local onde acontece o trato na residência do colonizador, para que possa se reintegrar ao grupo que desce todas as manhãs para se alimentar no viveiro de castanhas.
A tradição de cuidar das araras Canindé remonta a mais de seis décadas em Porto dos Gaúchos, iniciada pelo casal Guilherme e Gertrudes Meyer e agora continuada por seu filho, Henrique Meyer. Esta prática não só é uma atração turística da região, mas também um símbolo de cuidado e respeito pela vida na natureza.
Fonte: Porto Noticias