Desde que perdeu o irmão Benedito Wilson Carmos, popular “Dito”, que morava em Tabaporã, o ator André D´Lucca que é humorista e dá vida a personagem “Almerinda”, vem realizando serias denúncias contra a Santa Casa de Cuiabá e o atendimento que seu irmão recebeu enquanto estava internado lá.
Dito morreu no dia 18 de abril. Em postagem em sua rede social no dia 30 de abril, André D’ Lucca desabafou que seu irmão não morreu de covid, e sim por negligência e imperícia, e que ele fez de tudo para evitar.
Em outra postagem no dia 1º de maio, seguidas de outras que abordam a suposta negligência relatada, o ator relata que seu irmão Dito pegou uma infecção hospitalar. “Três dias após a intubação, queriam trocar todos em equipamentos inclusive o tubo pois algo estava causando infecção e a febre não cedia. Minha irmã enfermeira chegou para visitar meu irmão e achou uma agulha desencapada sobre a barriga dele com os medicamentos. Quando ela questionou o técnico de enfermagem, ele disse que iria aplicar aquilo no meu irmão, mas parou para dar banho em outro paciente. Minha irmã teve que ensinar que uma agulha desencapada sobre a barriga de um paciente causa contaminação, mas o técnico não sabia disso”, diz trecho do relato do ator em tom de revolta.
Recentemente, o ator acusou uma funerária de lucrar com a morte. A Funerária Santa Rita emitiu uma nota rebatendo e cobrando provas sobre as críticas feitas pelo ator após a morte de seu irmão Benedito Wilson, por complicações da covid-19. O ator disse em seu perfil em uma rede social que a funerária está ganhando dinheiro com a morte dos outros e que o preço do caixão dobrou por causa da pandemia. A empresa disse que as afirmações são mentirosas e que serão tomadas medidas civis e criminais.
A funerária ainda esclareceu outra situação abordada pelo ator. Segundo a empresa, o ator realizou o pagamento do caixão do irmão via operadora Cielo, mas no dia seguinte a prefeitura de Tabaporã disse pra não faturarem a nota fiscal para o ator e sim para a prefeitura, pois seria a prefeitura de Tabaporã onde dito trabalhava que iria arcar com os custos. A empresa garantiu que o valor foi estornado e que não houve pagamento em duplicidade.
Leia a nota na íntegra:
NOTA DE ESCLARECIMENTO
A Funerária Sta Rita vem a público pronunciar-se a fim de esclarecer os ataques feitos por um ator e comediante da capital em sua rede social. Tudo ocorreu em virtude de um desencontro protagonizado pela operadora Cielo, no tocante ao pagamento do Funeral do irmão do ator. Falas completamente descabidas foram ditas para milhares de pessoas. Atacou-se a honra profissional e institucional, atacou-se a honra pessoal, e não foram revelados ao púbico os fatos de maneira totalmente clara. Lamentamos sinceramente o falecimento do irmão do ator e desejamos força a todos os familiares. Nós, e nossos colaboradores, também perdemos entes queridos, e bem como médicos e enfermeiros, nossos agentes estão na linha de frente, trabalhando com firmeza, carinho e acolhimento.
O luto não dá direito a ninguém de ir a público insinuar explicitamente que “Ganhamos dinheiro com a morte dos outros”. Incitando um ar pejorativo aos que conduzem essa atividade milenar que temos orgulho de exercer. São os trabalhadores do setor funerário que tem a sagrada missão de dar dignidade no momento mais difícil. Tornando viável uma despedida confortável a todos. Imagine se alguém disser que “médicos ganham com o sofrimento do doente…” Seria distorcer toda a lógica de maneira extremamente maldosa e maliciosa. Ainda mais grave, o ator disse para seus seguidores que “…o preço do caixão dobrou por conta da pandemia…”. Um absurdo completo. Ele de maneira consciente posicionou todo o setor como aproveitadores sem escrúpulos. A mentira é monstruosa. Pedimos para que o ator comprove o que disse ou responderá por toda essa irresponsabilidade difamatória. Todas as medidas civis e criminais serão tomadas e todo eventual valor proveniente dessa ação será publicamente doado para hospitais filantrópicos. O ator seguiu debochando e fazendo comentários de nível pessoal, abastecidos de ressentimentos de origem classista. Também pediu aos seus seguidores que ligassem sem cessar na Funerária afim de pressionar a empresa para “devolver o dinheiro dele”. O que atrapalhou o atendimento de outras famílias num momento tão conturbado que vivemos.
Por fim, o motivo objetivo de toda essa questão: O ator realizou o pagamento do funeral do seu irmão a funerária via operadora Cielo. No dia seguinte recebemos contato da prefeitura de Tabaporã que disse pra nós não faturarmos a nota fiscal para o Ator e sim para a prefeitura. Pois seria a prefeitura de Tabaporã que iria arcar com os custos.
Atendendo ao pedido, NÃO RECEBEMOS O VALOR DO ATOR, pois estornamos o recebimento junto a Cielo. Enviamos o comprovante de cancelamento imediatamente ao ator comprovando que não recebemos. Portanto NÃO HOUVE PAGAMENTO EM DUPLICIDADE.
Após alguns dias percebendo que o Ator relatava a não devolução por parte da Cielo, gentilmente nos juntamos a ele nessa busca. Fizemos diversas tentativas junto a Cielo a fim de ajudá-lo. O ator insistiu que somos nós que teríamos que o ressarcir. Infelizmente, somos legalmente incapazes de devolver algo que não recebemos. Ficando a questão em aberto junto ao cliente e a operadora Cielo. Contando com nosso total apoio e suporte para ajudar nessa solução. A Funerária Sta Rita tem 40 anos de atuação. E preza pela transparência e coerência nas suas ações. Fazemos parte da história de diversas famílias do Estado e temos profunda gratidão pela confiança que estas depositam em nosso trabalho.
Para além dos desgastes desnecessários, desejamos sorte para o Ator e sua família. E que todo o mal-entendido entre ele e a operadora seja resolvido o mais breve possível.
Estaremos sempre à disposição para continuar ajudando.
Fonte: Porto Noticias