Os avanços na genômica, área da ciência que estuda o genoma de um organismo, estão revolucionando a agricultura, possibilitando o desenvolvimento de culturas mais resistentes a mudanças climáticas extremas. “Com soluções genéticas inovadoras, cientistas ajudam a garantir a segurança alimentar global em meio a eventos climáticos imprevisíveis, um desafio cada vez mais urgente”, explica Carlos César Floriano, CEO do Grupo VMX.
A genômica, o estudo do DNA das plantas, tem desempenhado um papel importante na criação de variedades que resistem a condições adversas, como secas prolongadas, inundações e aumento da salinidade do solo.
Essa tecnologia permite identificar genes responsáveis por características específicas e utilizá-los para criar plantas mais resilientes.
Carlos César Floriano, aponta que “A genômica é a ponte entre a ciência e a sustentabilidade. Ela transforma os desafios do campo em oportunidades, oferecendo soluções precisas para problemas que antes pareciam insuperáveis”.
Os pesquisadores têm focado em culturas essenciais, como milho, trigo e soja, buscando melhorar, tanto a produtividade, quanto a resistência a fatores climáticos.
Essa abordagem também ajuda a reduzir o uso de recursos naturais, como água e fertilizantes, contribuindo para uma agricultura mais sustentável.
Entretanto, críticos argumentam que a aplicação da genômica na agricultura enfrenta desafios éticos e sociais. Há preocupações com o impacto das culturas geneticamente modificadas no meio ambiente e na biodiversidade.
Por outro lado, defensores destacam que essas tecnologias são indispensáveis diante da crescente demanda por alimentos e das pressões climáticas.
Carlos César Floriano: inovação como resposta ao clima
Os impactos das mudanças climáticas já são evidentes em diversas regiões do Brasil, onde secas severas e chuvas intensas têm prejudicado a produção agrícola.
Em resposta, a genômica surge como uma ferramenta indispensável para diminuir os efeitos dessas adversidades.
“A ciência não apenas acompanha a agricultura; ela lidera o caminho”, afirma Carlos César Floriano. Destacando que o investimento em pesquisas genômicas não é apenas uma questão de inovação, mas de sobrevivência para o setor agrícola.
A utilização de genômica em programas de melhoramento genético tem acelerado significativamente os resultados.
Enquanto métodos tradicionais podem levar décadas para desenvolver novas variedades, a análise de DNA permite identificar e integrar características desejáveis em um período muito menor, reduzindo o tempo e os custos associados.
Embora a adoção dessas tecnologias ainda seja limitada em algumas regiões, parcerias entre institutos de pesquisa, empresas e governos estão facilitando o acesso de pequenos e médios produtores às inovações, garantindo que os benefícios da genômica sejam amplamente distribuídos, reduzindo desigualdades no setor agrícola.
Desafios e perspectivas para o futuro
Apesar do progresso, a implementação da genômica em larga escala na agricultura enfrenta barreiras significativas, incluindo altos custos de pesquisa, regulamentações rigorosas e a resistência de alguns mercados internacionais.
Carlos César Floriano destaca: “É essencial equilibrar inovação e responsabilidade. Devemos trabalhar para que a genômica seja acessível, segura e benéfica para todos os elos da cadeia agrícola”.
A perspectiva é que, à medida que as tecnologias genômicas se tornem mais acessíveis, elas desempenhem um papel ainda mais central na adaptação às mudanças climáticas.
Com o desenvolvimento de plantas que não apenas resistem, mas prosperam em condições extremas, o setor agrícola pode se tornar mais resiliente e preparado para enfrentar os desafios globais.
A genômica ainda abre caminho para avanços complementares, como o aumento da eficiência no uso de nutrientes e a redução de emissões de gases de efeito estufa na produção agrícola.
Essa abordagem integrada reforça a importância da ciência no fortalecimento da segurança alimentar e na promoção da sustentabilidade.
Fonte: VMX Agro