O indígena José Acácio Serere Xavante, conhecido como Cacique Tserere, assinou uma carta na qual reconhece ter cometido um “equívoco” ao defender a tese de que houve fraude nas urnas eletrônicas. Ele está preso por ordem do Supremo Tribunal Federal (STF), por supostamente cometer atos antidemocráticos.
“Na verdade, não há nenhum risco concreto que aponte para o risco de distorção no resultado às urnas ou na vontade do eleitor brasileiro”, escreveu. A carta tem assinatura desta quinta-feira (5/1).
Tserere disse que defendeu a tese de fraude “com base em informações erradas, fornecidas por terceiros”. A prisão do cacique foi o estopim para atos violentos em Brasília, com depredação de prédiosl, bem como incêndios contra ônibus e carros. Na carta, Tserere também pede perdão ao presidente Lula (PT) e ao STF.
Na terça-feira (3/1), bolsonaristas divulgaram informações de que o indígena sofreu parada cardíaca no Complexo Penitenciário da Papuda. A informação foi desmentida pela Secretaria de Administração Penitenciária do DF (Seape-DF).
O advogado do indígena, João Pedro Mello, disse ao Metrópoles que a notícia falsa “possivelmente surgiu de alguém querendo tumultuar o processo”. “Isso não é verdade, não partiu dele, não partiu da defesa, não sabemos com que intenção divulgaram isso, mas ele está bem. Com a situação de saúde normal”, afirmou.
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Metrópoles