Por 4 votos a 3, a Câmara de Vereadores de Porto dos Gaúchos arquivou o pedido de instalação de uma Comissão Processante (CP) para investigar supostos atos ilícitos atribuídos ao prefeito do município, Vanderlei Antônio de Abreu (MDB).
O pedido para instalação da CP foi protocolado na Câmara pelo cidadão Manoel Alonso Azoia, cuja justificativa foi embasada no acompanhamento das sessões legislativas e na mídia local. A denúncia que fundamentou o pedido envolvia um pagamento de R$ 300 mil a uma empresa de dedetização para a realização de um serviço que, segundo alegações, não teria sido executado.
Após a denúncia na câmara, a empresa efetuou o serviço e posteriormente devolveu R$ 260.671,91 do total do valor que tinha sido pago aos cofres municipais.
A denúncia, também protocolada pelo controlador interno da prefeitura ao Ministério Público, sugeria que o valor pago à empresa estava superfaturado, significativamente acima da média cobrada pelo mesmo serviço em outros municípios.
Durante a sessão, o pedido de instalação da CP foi submetido a votação. Para ser aprovado, necessitava do apoio de um terço do total de vereadores, ou seja, de 9 vereadores, eram necessários 5 votos favoráveis. Contudo, apenas 4 vereadores votaram a favor da instauração: Luciane Bündchen, Ângela Piovesan, Ivo Castro e Professor Enos.
Tampinha, Valdir Bobbi e Sargento Donizete votaram contra a instalação da CP. O vereador Eder Boldrin se absteve, enquanto o vereador presidente Leandro Budke só votaria em caso de empate.
Assim, o pedido para abertura da CP foi arquivado, deixando em suspenso as investigações sobre as supostas irregularidades. O desfecho da situação deixou tanto defensores quanto críticos da administração municipal aguardando os próximos capítulos do caso, ainda em análise no Ministério Público.
Fonte: Porto Noticias