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Candidata que prestou concurso para PM em MT diz que existe preconceito e discriminação na convocação das aprovadas

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Uma candidata que foi aprovada no concurso da Policia Militar de Mato Grosso, denuncia que as mulheres tem sofrido preconceito e discriminação na fase de convocação dos aprovados.

Em contato com a redação do Porto Notícias, a candidata que prefere não se identificar diz que foi aprovada no concurso, mas que agora sofre intrave para ser convocada. “Realizei minha inscrição regular, posteriormente deferida, para o concurso para formação de cadastro de reserva para o cargo de aluna Soldado da Polícia Militar do Estado de Mato Grosso, cuja prova ocorreu em 20 de fevereiro deste ano de 2022, concorrendo dentro do limite de 20% (vinte por cento) de vagas disponibilizadas para o sexo feminino. No referido edital foram ofertadas 3.800 vagas de ampla concorrência para o citado cargo, sendo que destas deveriam ser convocados 20% (vinte por cento) para o sexo feminino o que daria um total de 760 (setecentos e sessenta) mulheres, porém, só foram convocadas 675 (seiscentos e setenta e cinco), ou seja, em total desacordo com o edital publicado”, relata.

Ela diz ainda que foram convocados para a próxima fase um total de 3.766 candidatos com pontuação menor, apesar de existirem candidatas como ela que obtiveram pontuação superior a 50% (cinquenta por cento). “Em tese, eu com nota 55 estou dentro das 760 posições que deveriam ter sido convocadas, no entanto não fui ainda”, diz.

Após tomar conhecimento de que não estava na convocação para a próxima etapa, a candidata constituiu advogada para adentrar com processo judicial, porém até a presente data ainda não obteve resposta. “Minha pontuação está dentro da margem estabelecida no edital, ou seja, a pontuação de 55 pontos. Nós mulheres, pedimos o direito de fazer as fases preparatórias que são o TAF, exame médico e investigação social para entrarmos no curso de formação, uma vez que estamos aptas e dentro dos requisitos estabelecidos pelo edital”, diz a candidata.

Segundo a denunciante, já houveram decisões na justiça estadual, onde candidatas com nota de 53 pontos, ou seja, inferior a dela, foram convocadas para a próxima etapa, após obter respaldo judicial

“Assim como eu tem outras aprovadas, e precisamos ser convocadas logo, pois estamos ficando para trás na lista de convocação, e não podemos deixar o nosso direito ser restringido. Assim como reconhecemos os direitos dos candidatos homens que passaram, nossos direitos também têm que ser reconhecidos”, ponderou a candidata.

Fonte: Porto Noticias

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