Marcelo Aparecido Martins, de 39 anos, foi condenado nesta quinta-feira (21/11), em júri realizado no Fórum da Comarca de Porto dos Gaúchos, a 16 anos e 6 meses de reclusão pelo assassinato de sua companheira, Adriana Barra, de 41 anos . O crime ocorreu em março de 2021, em Novo Horizonte do Norte, quando Marcelo desferiu facadas na vítima.
No entanto, devido ao agravado estado de saúde do réu, ele seguirá cumprindo a pena em regime domiciliar, decisão tomada pelo juiz Fabrício Savazzi Bertoncini. Desde maio de 2021, Marcelo já estava em prisão domiciliar, uma vez que após matar Adriana, ele tentou o suicídio ao ingerir soda caustica no dia do crime, o que trouxe graves consequências à sua saúde.
Marcelo confessou a autoria do feminicídio logo após sua prisão, mas alegou defesa legítima. Segundo o relato dele, a discussão começou quando Adriana exigiu que ele fornecesse mais drogas. Ele afirmou que Adriana avançou contra ele com uma faca, e, em resposta, ele a desarmou e a atingiu com os golpes fatais.
Após o crime, Marcelo tentou tirar a própria vida e precisou ser levado ao hospital quando foi preso, para tratar os ferimentos decorrentes da ingestão da soda. Essa situação foi determinante para a decisão de mantê-lo na prisão domiciliar, já que o tratamento médico contínuo e uma alimentação especializada são necessários para sua sobrevivência.
Durante a leitura da sentença, o juiz destacou que Marcelo continuará na prisão domiciliar devido à falta de estrutura adequada nas cadeias públicas da região para atender às suas necessidades médicas. Além disso, o estado clínico do réu, agravado pela tentativa de suicídio, e o quadro depressivo conforme laudo em anexo na sentença, torna inviável seu encaminhamento para o sistema prisional convencional.
Marcelo já cumpriu 3 anos e 7 meses da pena total, o que resulta em 12 anos e 10 meses a cumprir da pena.
Fonte: Porto Noticias