O Dalai Lama, líder espiritual dos tibetanos, publicou uma nota pedindo desculpas, nesta segunda-feira, 10, por um vídeo em que puxa o rosto de um menino para beijá-lo na boca durante um evento. De acordo com a agência de notícia Reuters, ele também pediu que o garoto chupasse sua língua. O vídeo circulou nas redes sociais e gerou uma repercussão negativa.
Na nota, o ato foi chamado de “inocente e brincalhão”. No vídeo compartilhado milhares de vezes, o líder de 87 anos aparece se aproximando da boca da criança, e depois, com a língua para fora. A plateia ri e bate palmas após o ato.
No comunicado, Dalai Lama confirmou que os fatos registrados são reais, mas disse que o menino teria pedido um abraço.
“Está circulando um videoclipe que mostra uma reunião recente em que um menino perguntou a sua Santidade o Dalai Lama se ele poderia lhe dar um abraço. Sua Santidade deseja se desculpar com o menino e sua família, bem como com seus muitos amigos em todo o mundo, pela dor que suas palavras podem ter causado.”
A nota termina dizendo que o líder espiritual “muitas vezes provoca as pessoas que conhece de uma forma inocente e brincalhona, mesmo em público e diante das câmeras. Ele lamenta o incidente”.
Quem é o Dalai Lama?
O Dalai Lama é considerado por Pequim, capital da China, como um líder separatista. Ele fugiu para a Índia em 1959, após um levante fracassado contra o domínio chinês no Tibet.
Ele atuou por décadas para conseguir apoio global para a autonomia linguística e cultural na região. No Tibet, ele estabeleceu um governo independente, se aposentando como líder político em 2011, para dar lugar a um governo democrático.
Ele trabalhou por décadas para obter apoio global para a autonomia linguística e cultural na região. Desde 1960, vive em um complexo perto da cidade de Dharamshala, no norte da Índia.
Além de ser um líder espiritual, o Dalai Lama também se encontra com outros líderes mundiais, líderes religiosos, filósofos e cientistas, e viaja pelo mundo dando ensinamentos budistas tibetanos. Ele recebeu o Prêmio Nobel da Paz em 1989.
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