O dono da empresa Revisecar Auto Center gravou um vídeo, no qual se apresenta apenas como Patrick, tendo ao lado o menino D.G. e a mãe dele, para explicar sobre a agressão sofrida pelo menor em frente à loja de autopeças dele. O caso envolvendo o garoto foi registrado em Guarantã do Norte (a 709 km de Cuiabá), e revoltou a população local.
No vídeo, postado no Instagram, o empresário destaca que as imagens de D. foram registradas há uma semana, e que o material veio à tona sem autorização. Na visão dele, o grande problema foi a “divulgação do vídeo”, pois o menino já havia “perdoado” as pessoas envolvidas no ocorrido. Na gravação do empresário (veja abaixo), a mãe e a criança aparecem envergonhados e com semblante abatido.
O caso
O menino (vítima) estava em uma bicicleta na porta da empresa de autopeças e, ao sair, teria sido empurrado, o que ocasionou um tombo. O vídeo do momento viralizou. Em uma postagem nas redes sociais o empresário “explicou” o ocorrido. Segundo ele, D. ia embora do local e os meninos (funcionários) “foram dar um impulso” nele, mas que ele não tinha se arrumado direito (na bicicleta) e, por conta disso, caiu.
Segundo o empresário, a decisão de gravar o vídeo deveu-se à repercussão do caso. Ele relata que os funcionários envolvidos estariam sofrendo ameaças de morte. “Eles são pessoas de bem”. “Resolvemos gravar um vídeo, pois estamos tentando entender toda a situação. Ontem, conversando com os pais do D. , não imaginávamos que ia tomar toda essa proporção do que aconteceu. E estamos aqui para explicar em que contexto aquilo lá aconteceu”, disse.
Conforme o Patrick, “tudo não se passa de uma brincadeira” e na opinião do empresário, o pior de tudo na situação foi o fato de o vídeo ter vazado nas redes sociais. “O D. ficou muito chateado, mas perdoou a gente, ele poderia ter quebrado um braço ou algo mais grave, mas o que eu acho mais grave foi quem vazou o vídeo do grupo da empresa, isso é o pior de tudo nesse caso”, avaliou ele, dizendo que o caso será apurado e quem divulgou as imagens será punido.
Ele ainda faz um apelo dizendo que as pessoas que fizeram a criança passar pela situação vexatória estão sofrendo ameaças e “não mereciam estar passando por isso”.
O caso
O vídeo mostra dois homens, apontados como funcionários da empresa de autopeças e mecânica, conversando com o menino. Em seguida, o menor sobe na bicicleta, onde tem um caixa térmica usada para guardar os salgados que ele vende.
E, após trocarem algumas palavras, um dos homens fica a trás da bicicleta e, em seguida, chuta o pneu fazendo com que o menino caia com todos os objetos.
Bárbara Sá/RD News