Depois que o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) visitou Mato Grosso, no final de agosto, 30 doações de 29 empresários do agronegócio do Estado foram feitas à campanha do pai dele, o presidente Jair Bolsonaro (PL), que disputa reeleição. As doações somam R$ 3,4 milhões.
Flávio foi a Campo Novo do Parecis em uma reunião organizada pelo produtor rural Valdir Roque Jacobowski, em 26 de agosto. Ele tem rodado pelo país em busca de doações para a campanha presidencial. O PL doou R$ 10 milhões a Bolsonaro e esgotou os recursos do Fundo Especial de Financiamento de Campanha (FEFC), o chamado “Fundão”.
Os recursos constam nos dados abertos do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e os dados foram extraídos nesta segunda-feira (5).
A maior doação feita em Mato Grosso a Bolsonaro é também o maior valor recebido de pessoa física da campanha: R$ 1 milhão do empresário Oscar Luiz Servi, feita em 1º de setembro. Ele é sócio da Agropecuária Reata Ltda, com sede em Campo Novo do Parecis, voltada a plantio de soja, arroz, milho, gado e outros negócios do campo.
Entre as doações de Mato Grosso, a de Celso Gomes dos Santos, o Celso Bala, é a segunda maior, de R$ 500 mil, também de 1º de setembro. O empresário é conhecido como “Rei do Gado”. Em um encontro em Brasília, em maio, Bala deu um “óleo ungido”, importado de Jerusalém, a Bolsonaro.
Cirineu de Aguiar, da Agropecuária Calupa, da Solum Agropecuária e da Unicotton, e Gilson Mueller Berneck,, da Fazenda Paraná, doaram R$ 150 mil à campanha, cada.
Em meio aos maiores doadores constam figuras proeminentes do agronegócio mato-grossense como Luiz Alberto Gotardo, da empresa de máquinas agrícolas e do hipermercado que levam seu sobrenome, além do leiloeiro Maurício Tonha, do dono do Luverdense, Helmute Lawisch, entre outros, com doações entre R$ 100 mil e R$ 150 mil.
Há ainda 20 doações de R$ 50 mil na lista, todas de produtores rurais mato-grossenses.
Mídia Jur