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Entenda em cinco pontos o apagão cibernético que atingiu serviços em todo o mundo

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Um apagão cibernético que teve início na madrugada desta sexta-feira (19) impactou diversos setores de todo o mundo, incluindo serviços bancários, aeroportuários e financeiros. O problema foi causado por uma falha em um dos sistemas de segurança de uma companhia norte-americana. Este software detecta invasões de sistemas e a falha aconteceu justamente aí, e atingiu vários clientes, como a Microsoft, por exemplo. Entenda em cinco pontos o que aconteceu e quais foram os principais setores impactados abaixo

O que causou o apagão?
A origem de todo o problema está na CrowdStrike, empresa de segurança digital. Houve uma falha em um dos sistemas de segurança — chamada de Falcon — desta companhia norte-americana. O software é utilizado na proteção de dados de diversas empresas, como a Microsoft.

O CEO da companhia, George Kurtz, publicou em suas redes sociais que o apagão tecnológico desta sexta não foi “um incidente de segurança ou ataque cibernético”, e sim um defeito encontrado na última atualização do Falcon. Ele confirmou que “uma correção foi implantada”. E continuou: “nossa equipe está totalmente mobilizada para garantir a segurança e estabilidade dos clientes CrowdStrike”, conclui.

O que disse a Microsoft?
Como uma das empresas seguradas pela CrowdStrike, sistemas da Microsoft – como o Windows – foram impactados. Em uma atualização mais recente, a Microsoft disse que conseguiu identificar a causa do problema e que está trabalhando para restaurar o acesso de todos os usuários.

Quais serviços foram afetados?
A falha no sistema impactou diversos setores em todo o mundo. Um dos principais foi o aeroportuário, com passageiros de vários países com dificuldade de embarcar e até mesmo sem a possibilidade de acessar os bilhetes.

Empresas aéreas, como American Airlines, KLM, Ryanair, Delta, United Airlines, entre outras, estão com dificuldade para embarcar passageiros devido a uma falha massiva no Windows, sistema operacional da Microsoft.

Nos Estados Unidos, os aeroportos de Los Angeles, La Guardia (Nova York), Filadélfia, Fort Lauderdale, Washington-Dulles, Washington-Reagan, Detroit, Dallas-Fort Worth, Atlanta e Charlotte enfrentavam atrasos médios nos voos de até 157 minutos, segundo o site de rastreamento Flightradar24. O mesmo cenário se repetiu em importantes terminais aeroportuários da Europa, com atrasos em massa em Amsterdã, Zurique, Paris (Orly) e Londres (City e Stansted).

Um passageiro na Índia relatou que as passagens aéreas, normalmente digitalizadas, estão sendo preenchidas à mão e entregues aos passageiros. “Vi o primeiro cartão de embarque escrito à mão. De volta ao básico”, brincou.

Um homem publicou um vídeo que mostra os monitores do aeroporto de Los Angeles (EUA) com as telas sem operação. Jon Michalski, um desenvolvedor de aplicativos, mostrou que os passageiros não conseguiam embarcar, e as próprias companhias aéreas informaram que o problema atinge todo o mundo.

Em outras fotos publicadas por usuários nas redes sociais, é possível ver que até as máquinas de vendas automáticas não estão funcionando. As “telas azuis”, que aparecem nos computadores quando existe algum problema no sistema, mostravam que consumidores não conseguiriam água ou refrigerante naquele local.

Quais os serviços afetados no Brasil?

Bancos
O site DownDetector, que rastreia interrupções de internet relatadas por usuários, mostrou que ao menos quatro aplicativos de bancos brasileiros apresentam instabilidades. Segundo a plataforma, os programas do Bradesco e de sua marca digital Next, do Banco Pan e do Neon.

Por meio de nota, o Bradesco confirmou que, em virtude do apagão cibernético global, os sistemas dos canais digitais da instituição apresentam indisponibilidade nesta manhã. “Equipes estão atuando para regularização o mais breve possível. Os terminais de autoatendimento do banco funcionam normalmente”, completa.

Companhias aéreas
Duas companhias aéreas brasileiras — Azul e Latam — pedem a seus clientes que verifiquem o horário de seus voos marcados para hoje pelo aplicativo e que cheguem ao aeroporto com mais antecedência.

Saiba mais: Apagão cibernético: Latam e Azul pedem que clientes cheguem cedo no aeroporto

Hospitais
Alguns pacientes de dois hospitais de São Paulo relataram problemas com os serviços, causados pela falha tecnológica. Por meio de nota, o HCFMUSP (Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP) explicou que alguns equipamentos que usam a plataforma Windows 10 foram afetados. “O sistema já está em processo de estabilização, sem prejuízos relevantes aos serviços assistenciais”, disse.

Outra unidade que teria sido afetada foi o Hospital Sírio-Libanês. O R7 entrou em contato com a assessoria da instituição e aguarda resposta. O espaço permanece aberto.

A plataforma Gov.br ou outra administrada pelo governo foi afetada?
O Ministério da Gestão informa que o GOV.BR não foi afetado. Até o momento não houve registro de incidentes pelos órgãos referentes a esse evento adverso Microsoft. A pasta esclarece que está monitorando a situação, e caso “exista necessidade, alertaremos as instituições públicas com as recomendações técnicas a serem adotadas.” Mais cedo, o governo federal confirmou que os serviços do DataSUS, DataPrev e SerPro não foram impactados por ataque global.

R7

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