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Especial: Praça no centro de Porto dos Gaúchos ganha ares de cidade grande com desenvolvimento do município

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Construída no final dos anos 80, a Praça Leopoldina Wilke no centro de Porto dos Gaúchos vem ganhando ares de cidade de grande nos últimos tempos.

A praça antigamente/arquivo Porto Noticias

A praça, que no começo se chamava “Praça Santa Rosa”, foi construída no mandado do ex-prefeito Jair Pereira Duarte, e inaugurada em 1987. O modelo que contava até um chafariz foi inspirado na praça que já existia na cidade de Dom Aquino-MT. “Resolvi trazer aquele modelo de projeto pra Porto dos Gaúchos, e realmente ainda é um modelo a se copiar até hoje,” Lembra Jair Duarte, que se orgulha em dizer que diferente dos dias atuais em que Porto dos Gaúchos é considerado um município rico, a época era de pouca arrecadação, mas mesmo assim a praça foi construída com recursos próprios, e se tornou o principal ponto de lazer e encontros das famílias e jovens na época.

Depois de inaugurada, a praça passou por algumas modificações ao longo dos anos. Ganhou iluminação com super-postes no mandado do ex-prefeito José Antonio Castilho, e durante a gestão do ex-prefeito Revelino Brás Trevisan nos anos dois mil a praça ganhou o prédio onde hoje é o Museu da Colonização e a pista de festa.

Construção da pista e museu/arquivo Porto Noticias

No mandato da ex-prefeita Carmen Lima Duarte, foi construído na praça o banheiro público que era uma necessidade antiga do local. Depois, na gestão do ex-prefeito Moacir Pinheiro Piovesan “Baxinho”, a praça ganhou uma pista de caminha em volta, que é atualmente muito usada para a atividade e afins, teve a instalação de parquinho e aparelhos de ginastica, e agora mais recentemente na gestão do atual prefeito Vanderlei de Abreu a praça passou por algumas adequações paisagísticas onde foi instalada uma réplica do famoso tratador de araras Canindé que existe na residência da família colonizadora do município e ganhou uma quadra de areia para a pratica de esportes ao ar livre.

 

Início da construção da pista e museu/arquivo Porto Noticias

Com as modificações na praça, ela ganha cada vez mais ares de praça de cidade grande, e continua sendo indiscutivelmente o principal ponto no centro da cidade para o lazer nas tardes e noites de sábado e domingo, onde as famílias e amigos se reúnem com suas térmicas abastecidas para tomar o famoso tereré, ouvir som e para as crianças brincarem.

Isso tem atraído a atenção de comerciantes ambulantes, que veem no local a oportunidade de incrementar a renda familiar, ou mesmo de fazer comercio no local a principal fonte de renda. Por muitos anos, o comerciante Márcio “Lebrão”, foi único que esteve na praça com seu trailer atuando na venda de lanches. Depois o ponto foi adquirido por outro comerciante que continua em atividade no local, e ganhou o nome de Titá Lanches.

A prefeitura através da secretaria de Turismo implantou uma “feirinha” periódica na praça, onde empreendedores individuais comercializam sua produção, sendo principalmente itens da culinária local.

Mais recentemente um trailer com uma sorveteria passou a ser mais uma opção para as pessoas que frequentam o local, e também vem obtendo boa clientela e obtendo bons resultados.

Rosa e o esposo Zé Lemes

A ambulante Rosa Cardoso e seu esposo Joselei Lemes, são os mais novos comerciantes da praça Leopoldina Wilke. Eles viram no local a oportunidade de incrementar a renda familiar e inovaram com a comercialização de batata frita no palito, ou batata espiral. Além da batata, que é o atrativo principal, eles comercializam também algumas variedades em salgados e bebidas.

“Zé Lemes” como é conhecido, que é aposentado e ajuda a esposa com o empreendimento na praça, diz que eles não têm com que se queixar do movimento. Ele diz que em dias de melhor movimento, a esposa chega a faturar até quinhentos reais em uma noite com as vendas de salgados, batata frita e refrigerantes.

Zé Lemes conta que a simplicidade do local, onde a estrutura é armada somente quando chegam para vender, é um dos chamativos para muitos clientes que gostam de um pouco mais de privacidade, e que pelo menos por enquanto não pensam em adquirir uma estrutura fixa.

Com o passar dos anos, Porto dos Gaúchos vai ficando cada vez mais bonita, onde cada gestor que passa pelo paço municipal vai fazendo a sua parte, implantando melhorias e melhorando a infraestrutura da cidade. Um projeto do atual prefeito é entregar o seu mandado no final de 2024 com todas as ruas e avenidas onde existem residências pavimentadas. Não falta muito, haja vista que nos últimos anos, grande parte da cidade ganhou pavimentação e atualmente já existem projetos de pelo menos R$ 6 milhões aprovados para pavimentação de mais alguns setores da cidade. Até o bairro Beira Rio, considerado reduto de famílias com menor poder aquisitivo na cidade, está ganhando pavimentação e detalhe, será o primeiro da cidade a ter asfalto com galerias pluviais. Com isso, a valorização de lotes e residências no bairro já é visível.

A avenida Guilherme Meyer, a principal da cidade está ganhando novos postes com iluminação de LED, e as lâmpadas dos demais postes das ruas por toda cidade também ganhara lâmpadas de LED.

O município desponta hoje entre os dez maiores produtores de grãos do estado, e mesmo essa riqueza estando concentrada nas mãos de poucos, o reflexo na cidade é visto em oportunidade de empregos e principalmente na boa arrecadação do município, que consequentemente é investida em obras e melhorias na saúde, educação e infraestrutura para os munícipes, o que tem feito também com que Porto dos Gaúchos tenha um alto índice IDH – Índice de Desenvolvimento Humano, que é avaliado sobre os critérios; educação, renda e saúde. Muitas vezes a avaliação ofusca a desigualdade na distribuição do desenvolvimento humano, caso que vem acontecendo com Porto dos Gaúchos. Por ter um bom IDH, o município não tem facilidade para aderir a programas sociais como o de construção de morarias para população de baixa renda por exemplo.

Com isso, uma pequena parcela da população do município que tem menor poder aquisitivo, e não tem condições de arcar com a compra de um terreno ou imóvel cada vez mais valorizado na cidade, veem a cada dia o sonho da casa própria ficar cada vez mais distante.

Fonte: Roseno Barros/Porto Noticias

O comércio noturno é um dos atrativos na Praça Leopoldina Wilke
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