“Haveria uma maior demanda de nossos aliados” no leste europeu para aumentar a presença de “tropas, capacidades e exercícios” em face de qualquer intervenção do Exército russo e, neste caso, os “Estados Unidos responderiam afirmativamente”, detalhou a fonte.
Contudo, o alto funcionário deixou claro que, neste momento, Washington descartava uma resposta militar direta em caso de ataque contra a Ucrânia.
“Os Estados Unidos não querem estar em uma posição na qual o uso direto das forças americanas seja o cerne de nosso pensamento”, enfatizou a fonte.
Washington pretende se concentrar em “uma combinação” de “apoio ao Exército ucraniano”, “fortes sanções econômicas” e “aumento substancial de apoio e das capacidades com os aliados da Otan”, em caso de conflito na Ucrânia.
O presidente americano, Joe Biden, se reunirá com o chefe de Estado ucraniano, Volodymyr Zelensky, “nos dias seguintes” a seu contato com o presidente russo, Vladimir Putin, informou o alto funcionário da Casa Branca, que também assinalou que o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, manteria uma conversa com Zelensky nesta segunda.
Biden também se reunirá hoje “com aliados-chave da Europa para coordenar a mensagem” que será enviada por videoconferência a Putin, e para mostrar que encara esta conversa “em unidade com os aliados e em forte solidariedade transnacional”.
O Kremlin, por sua vez, adiantou hoje que não esperava “avanços” durante a reunião virtual com a parte americana.
Está previsto que a conversa entre Biden e Putin – que se reuniram em junho em Genebra, na Suíça, e depois mantiveram uma conversa telefônica no início de julho – gire em torno da Ucrânia, principalmente.
Kiev e seus aliados acusam a Rússia de ter concentrado tropas e veículos blindados em sua fronteira oeste com a intenção de atacar a Ucrânia. Moscou, por outro lado, nega tais acusações.
AFP