O ex-presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Soja do Brasil (Aprosoja Brasil), Antônio Galvan (Novo), manifestou, nesta terça-feira (21), a intenção de disputar uma vaga ao Senado Federal por Mato Grosso em 2026. O produtor rural é mais um nome da direita, podendo resultar na pulverização de votos.
Em entrevista à Rádio Cuiabana, Galvan falou sobre o cenário político e seus projetos para o futuro. Ele disputou o mesmo cargo nas eleições de 2022 pelo PTB, quando havia apenas uma vaga à disposição. Galvan conquistou 337 mil votos na ocasião, ficando atrás somente do senador reeleito, Wellington Fagundes (PL), que teve mais de 825 mil votos.
“Com certeza [sou pré-candidato]. A gente vem atuando. Nas eleições municipais, estive em mais de 100 cidades, elegemos apoiadores e estamos construindo nossa base”, assegurou ele.
Além da forte ligação com o agronegócio, Galvan tem se mostrado alinhado à direta mais radical. No ano passado, ele chegou a ser indiciado pela Polícia Federal por atos antidemocráticos em 7 de Setembro de 2021, quando apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) fecharam estradas e exigiram o impeachment dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). Ele foi indiciado por incitação ao crime e associação criminosa.
Embora se coloque como pré-candidato, o caminho não tende a ser fácil, mesmo com duas vagas em disputa. Nas eleições de 2026, Galvan pode ter adversários como o senador Jayme Campos (União Brasil) e o agora ministro da Agricultura e senador Carlos Fávaro (PSD), que podem disputar a reeleição, e a senadora Margareth Buzetti (PSD) – suplente que hoje ocupa a vaga de Fávaro; além do governador Mauro Mendes (União Brasil), do deputado federal José Medeiros (PL) e da deputada estadual Janaina Riva (MDB).
Gabriel Rodrigues/RD News
