A família da farmacêutica Gislaine Silva Ramos, de 36 anos, está fazendo uma vaquinha online para arrecadar recursos e conseguir uma prótese de R$ 103 mil para reconstrução do osso da cabeça da jovem após ela ter parte do crânio retirado em uma cirurgia. Depois de sofrer um Acidente Vascular Cerebral (AVC), em Cuiabá, e uma infecção generalizada, os médicos precisaram retirar parte do crânio para que ela não tivesse morte cerebral.
De acordo com a irmã de Gislaine, Jéssica Ramos, o problema começou em novembro de 2021, quando a farmacêutica perdeu um dos lados da visão.
“Ela estava passando lápis no olho para ir à igreja, quando notou que não conseguia enxergar direito. Dias depois, descobriu que tinha perdido a visão do lado esquerdo por causa de um tumor na cabeça que estava comprimindo sua visão. Ela precisou passar por uma cirurgia para a retirada do tumor e sofreu um AVC dez dias depois”, relata.
Após o AVC, Gislaine perdeu a fala e teve o lado direito paralisado. Ela precisou ficar internada e acabou pegando uma infecção generalizada no hospital, o que agravou muito sua situação. A jovem ficou internada durante seis meses. O cérebro da paciente começou a inchar e, para não ocorrer uma morte cerebral, os médicos decidiram retirar parte do crânio.
Agora, Gislaine precisa de uma prótese para reconstruir o osso da cabeça, pois o buraco que ficou no local tem deixado sequelas. No entanto, nem o plano de saúde, nem o Sistema Único de Saúde (SUS) cobrem o tratamento, que custa mais de R$ 120 mil, incluindo prótese, medicamentos e gastos com internação.
“O plano de saúde informou que pode pagar a parte da equipe médica e internação. Mas a prótese, que custa R$ 103 mil, eles não cobrem. Minha irmã precisa dessa prótese para ter uma qualidade de vida melhor, como por exemplo o equilíbrio, ela perdeu e a reconstrução do osso vai melhorar isso. Além disso pode ajudar em toda a recuperação, do andar e da fala. Ela ficou com algumas sequelas, mas já melhorou bastante”, conta Jéssica.
Arquivo Pessoal
Segundo ela, os médicos haviam dito que a irmã ficaria em estado vegetativo, mas ela já tem apresentado muitas melhoras, já consegue repetir e falar algumas palavras, anda com ajuda e recuperou toda a memória.
“Em vista do que ela passou, vemos que ela está bem. Ela voltou a reconhecer a todos e está fazendo fisioterapia para recuperar os movimentos, já que o lado direito dela ficou todo paralisado”, afirma.
Gislaine, que é mãe de uma jovem de 19 anos, está morando agora em Cáceres (a 220 km de Cuiabá), com a mãe dela. Ela havia se mudado para Cuiabá há pouco tempo.
“Minha irmã sempre foi muito ativa, decidiu que queria continuar estudando, havia se formado há pouco tempo, havia conseguido um emprego e se mudado para Cuiabá, estava vivendo a vida dela, feliz. Estava bem e da noite pro dia a vida mudou dessa forma, hove vive a vida em cima de uma cama”, relata.
A família tentou judicializar o pedido para conseguir a prótese pelo SUS, mas Jéssica conta que só para conseguir uma consulta foram cinco meses de espera em Cuiabá, já que em Cáceres essa cirurgia não é realizada.
“Nos programamos e viajamos para Cuiabá, após cinco meses de espera e o médico nem estava atendendo no dia. Foi uma frustração. Até conseguirmos pelo SUS, se conseguirmos, isso deve levar anos, por isso decidimos fazer a vaquinha”, conclui.
Para ajudar, é possível fazer doação pela vaquinha online ou em contato com a irmã de Gislaine, Jéssica Ramos (65) 99975-0996.
RDNews