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“Gana” de Selma por Riva pode ligá-la à grampolândia pantaneira

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A ex-juíza da Sétima Vara Criminal, senadora Selma Arruda (PSL), teve o nome citado por suposta participação no esquema de escutas ilegais de Mato Grosso, devido a sua “obsessão” em julgar, processar e condenar figuras políticas, como é o caso do ex-deputado José Riva.

Conforme depoimento prestado pelo cabo da Polícia Militar Gerson Corrêa perante a Polícia Civil, foi a pedido de Selma, que dois números de telefones registrados em nome da deputada Janaina Riva foram grampeados ilegalmente. Segundo ele, Selma queria saber se o terminal era usado por José Riva, pai da parlamentar.

O depoimento do cabo da PM foi usado por José Riva em seu processo que move contra Selma Arruda por supostas decisões parciais que ela teria dado, quando respondia pela Sétima Vara Criminal, e que ele pede a anulação de várias operações que foram deflagradas com consentimento da ex-juíza.

Na ação, Riva diz que Selma estaria supostamente envolvida no esquema ilícito de interceptações telefônicas, apurado na Operação Esdras, cujas investigações estão atualmente a cargo do Superior Tribunal de Justiça, e que afetaram diretamente ele, sob suposta ordem da então magistrada em conluio com membros do Ministério Publico.

No depoimento, cabo Gerson diz que foi informado pelo promotor de Justiça do Gaeco, Marco Aurélio Castro, que Selma estaria sendo vítima de ameaças, motivo pelo qual foi chamado no gabinete da então juíza, sendo recebido pessoalmente pela ex-magistrada, que lhe entregou uma relação com alguns nomes de pessoas que poderiam estar envolvidas nessas ameaças, sendo que, segundo Selma, tais pessoas seriam supostamente ligadas ao Riva.

Contudo, Gerson Corrêa conta que foi orientado pelo promotor Marco Aurélio a criar uma “estória falsa” para embasar a interceptação telefônica daquelas pessoas, de modo que não se soubesse o verdadeiro motivo da quebra de sigilo das comunicações — as supostas ameaças que Selma estaria sofrendo.

Sendo assim, utilizando-se de uma investigação por tráfico de drogas em tramite na Comarca de Cáceres, diversos números de telefones de Riva e até os que estavam em nome de Janaina, teriam sido grampeados ilegalmente por meio de procedimento ilícito, eventualmente, segundo depoimento, deflagrado pela então juíza, em conluio com promotores de Justiça estaduais.

Caso fique comprovado que a magistrada sabia do esquema ilegal, ela poderá se complicar judicialmente, já que conforme noticiado pelo VG, em resposta a ofício da Corregedoria Geral do Tribunal de Justiça, quanto às autorizações de quebra de sigilo telefônico ilegal, Selma respondeu ter ciência de apenas dois, que eram de Tatiane Sangalli, suposta ex-amante de Paulo Taques, ex-secretário de Estado Chefe da Casa Civil, e o da ex-assessora dele, Caroline Mariano dos Santos. No ofício, copiado ao então governador Pedro Taques, Selma ainda acusa que os terminais foram inseridos a pedido da delegada Alana Derlene Sousa Cardoso, que segundo ela, ocupava, na época, o cargo de “Diretora de Inteligência da Polícia Judiciária Civil, diretamente ligada à Secretaria de Segurança Pública, cujo titular era o Promotor de Justiça Mauro Zaque de Jesus”.

Porém, em nenhum momento citou sobre os números que ela pediu para inserir ilegalmente, conforme depoimento do cabo da Polícia Militar.

Depoimento cabo Gerson – Segundo depoimento ficou constatado que na verdade os terminais interceptados, que estavam registrados em nome de Janaina Riva, e eram usados por Riva, durante o tempo em que foram grampeados ilegalmente, não estavam sendo utilizados, ou seja, não teve áudios gravados.

“Em que pese os cadastros estarem atrelados a pessoa de Janaina Riva, estes terminais estariam sendo usados por José Geraldo Riva, e nessa ocasião, antes mesmo de relatar tudo isso, essa situação no âmbito do Gaeco, eu peguei esses dois telefones que foram me repassados (por Selma), e inclui na interceptação telefônica determinado pela Comarca de Cáceres, no âmbito da Polícia Militar, e somente assim eu pude confirmar que na verdade esses dois telefones nem Janaina Riva estava utilizando, nem mesmo José Geraldo Riva, mas de fato, o propósito da inclusão dos dois terminais atrelados a senhora Janaina Riva, foi com o propósito de verificar se era o senhor José Geraldo Riva que estava utilizando” declarou.

Ele ainda disse que nos demais números passados pela então juíza Selma Arruda, não foi detectado nenhuma ameaça contra ela.

 

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