O Departamento do Tesouro dos Estados Unidos informou nesta quarta-feira (22) ter identificado uma “rede brasileira de indivíduos afiliados” à Al Qaeda, grupo terrorista de Osama Bin Laden (morto em 2011) que ficou conhecido por reivindicar a autoria dos ataques às Torres Gêmeas, em Nova York, no dia 11 de setembro de 2001.
Segundo informações da Embaixada dos EUA no Brasil, os suspeitos foram inseridos em uma “lista de sanções”. Em comunicado oficial, a representação do governo do presidente Joe Biden cita quatro pessoas e duas empresas sediadas em São Paulo.
A Embaixada informou ainda que, entre as penalidades aplicadas, estão o bloqueio de “todos os bens e interesses em propriedade dos indivíduos e entidades (…) que estejam nos EUA ou na posse ou controle de indivíduos norte-americanos”.
“A menos que autorizado por uma licença geral ou específica emitida pela OFAC [Escritório de Controle de Ativos Estrangeiros] ou de outra forma isenta, os regulamentos geralmente proíbem todas as transações efetuadas por norte-americanos, dentro ou fora dos EUA, incluindo transações que transitam nos EUA, que envolvam qualquer propriedade ou interesse em propriedade de pessoas designadas ou bloqueadas.”
“As designações de hoje ajudarão a negar o acesso da Al Qaeda ao setor financeiro formal para gerar receita para apoiar suas atividades”, declarou Andrea Gacki, diretora do Escritório de Controle de Ativos Estrangeiros. “As atividades desta rede sediada no Brasil demonstram que a Al Qaeda continua sendo uma ameaça terrorista global generalizada”, completou.
Entre os suspeitos, o governo americano menciona um cidadão de origem árabe que teria chegado ao Brasil em 2015. Investigações sigilosas apontaram que o indivíduo supostamente mantinha frequentes contatos e negócios para compra de moeda estrangeira de um outro suspeito filiado à Al Qaeda no Brasil.
Também é mencionado outro cidadão de origem árabe que, de acordo com as informações da Embaixada dos EUA, “desempenhou um papel significativo em um grupo afiliado à Al Qaeda, sediado no Brasil, e estava envolvido na impressão de moeda falsa”.
Folha