O jornal O Globo revelou que o Governo Lula vai demarcar novas terras indígenas, que, juntas, ocupam 843 mil hectares.
Ao contrário do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que se incomodou com as terras que pertencem aos indígenas e desmontou a Funai, liberando o garimpo ilegal, o petista disse que a homologação deve ocorrer nos primeiros 100 dias de gestão.
Assim, os processos deverão ser retomados após interrupção que ocorreu durante o Governo Bolsonaro.
São 13 terras, entre elas, a da Terra Indígena Cacique Fontoura, no Vale do Araguaia, no Nordeste de Mato Grosso.
A reserva tem de 32.069 ha e abriga o povo da etnia karajá, nos municípios de Luciara e São Félix do Araguaia.
A denominação Cacique Fontoura é homenagem a antigo chefe indígena regional, de notória sabedoria e rígida liderança.
Hoje, os karajás vivem perseguidos por fazendeiros e garimpeiros.
As outras terras são: quatro no Norte (Uneiuxi, Rio Gregório, Arara do Rio Amônia e Acapuri de Cima), cinco no Nordeste (Potiguara de Monte-Mor, Xukuru-Kariri, Kariri-Xocó, Aldeia Velha e Tremembé da Barra do Mundaú) e três no Sul (Morro dos Cavalos, Toldo Imbu e Rio dos Índios).
O Brasil tem oito terras indígenas homologadas e 441 regularizadas.
Essas são as duas etapas finais do processo, quando grupos não indígenas são retirados da área.
Juntas, têm 107,2 milhões de hectares.
Diário de Cuiabá