A guerra entre a Rússia e a Ucrânia começa a ter efeitos negativos na produção agrícola do Brasil e de Mato Grosso.
A Rússia é a principal exportadora de fertilizantes para o agronegócio mato-grossense, em especial o potássio.
Leia mais:
Guerra da Ucrânia atinge agro, e ministra diz já ter “plano A e plano B”
De acordo com o deputado federal Neri Geller (PP), que é produtor rural e vice-presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), o potássio subiu de US$ 350 dólares para mais de US$ 850 dólares nos últimos dias.
Os produtores começam a buscar alternativas em outros possíveis fornecedores dos insumos, em meio ao crescimento do custo de produção.
O presidente Jair Bolsonaro (PL) utilizou nesta quarta-feira (2) a possível escassez de fertilizantes causada pela guerra na Ucrânia para defender a mineração em terras indígenas.
“Em 2016, como deputado, discursei sobre nossa dependência do potássio da Rússia. Citei três problemas: ambiental, indígena e a quem pertencia o direito exploratório na foz do Rio Madeira (existem jazidas também em outras regiões do país)”, escreveu Bolsonaro no Twitter.
Com a eclosão do conflito no Leste da Europa, entrou no radar do governo Bolsonaro a preocupação com a possível falta de fertilizantes – também os nitrogenados e fosfatados.
A Rússia é um importante exportador desses produtos. Em 2021, 62% do total importado pelo Brasil da Rússia foram adubos ou fertilizantes químicos (no equivalente a US$ 3,5 bilhões).
Hoje, além da Rússia, o insumo é exportado por países como Canadá, Alemanha e Israel.
redação