O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em fevereiro foi de 0,84% e ficou 0,31 ponto percentual (p.p.) acima da taxa de janeiro (0,53%). Os dados foram divulgados nesta sexta-feira (10) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O Termômetro CMA esperava alta de 0,78%. Na parcial do ano (janeiro e fevereiro), o IPCA acumula alta de 1,37%. Nos últimos 12 meses, a elevação é 5,60%, abaixo dos 5,77% nos 12 meses anteriores. Em fevereiro de 2022, a variação da inflação havia sido de 1,01%.
Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, oito tiveram alta em fevereiro. A exceção foi vestuário (-0,24%), com queda pelo segundo mês consecutivo. O maior impacto (0,35 p.p.) e a maior variação (6,28%) no índice do mês vieram de educação. Na sequência, vieram saúde & cuidados pessoais (1,26%) e habitação (0,82%), que aceleraram em relação a janeiro, contribuindo com 0,16 e 0,13 p.p, respectivamente.
Já transportes (0,37%) e alimentação & bebidas (0,16%) tiveram variações inferiores às do mês anterior. Os demais grupos ficaram entre o 0,11% de artigos de residência e o 0,98% de comunicação.
Itens de alimentação no IPC
O resultado do grupo alimentação & bebidas (0,16%) foi influenciado pela desaceleração da alimentação no domicílio (de 0,60% em janeiro para 0,04% em fevereiro). Houve queda mais intensa nos preços das carnes (-1,22%) e recuos na batata-inglesa (-11,57%) e do tomate (-9,81%), que haviam tido alta de preços em janeiro (14,14% e 3,89%, respectivamente).
O destaque em alta foi o leite longa vida (4,62%). Em fevereiro, os preços do produto voltaram a subir após seis meses consecutivo de quedas.
A variação em alimentação fora do domicílio (0,50%) ficou próxima à do mês anterior (0,57%). Enquanto a refeição (0,38%) teve variação idêntica à de janeiro. Por fim, o lanche desacelerou de 1,04% para 0,57%.
Outros indicadores
Único grupo com variação negativa em fevereiro, vestuário (-0,24%) foi puxado pelas quedas das roupas masculinas (-0,58%) e femininas (-0,45%), além das joias & bijuterias (-0,72%).
Todas as áreas da pesquisa do IBGE para o IPCA tiveram alta em fevereiro. A maior variação foi em Curitiba (1,09%), onde o resultado foi puxado pelas altas dos cursos regulares (5,97%), da gasolina (3,37%) e da energia elétrica residencial (5,94%). A menor variação foi registrada em Rio Branco (0,44%), influenciada pela queda de 2,04% da energia elétrica residencial.
Canal Rural