A Casa Branca afirmou neste domingo (9.jan.2022) que o Irã enfrentará “graves consequências” caso ataque cidadãos norte-americanos.
A declaração foi feita 1 dia depois de o Ministério das Relações Exteriores do Irã anunciar a aplicação de sanções contra 51 autoridades dos EUA em represália ao assassinato do general Qasem Soleimani, em janeiro de 2020.
“Se o Irã atacar qualquer um dos nossos cidadãos, incluindo qualquer uma das 52 pessoas sancionadas ontem, enfrentará graves consequências”, disse o conselheiro de segurança nacional da Casa Branca, Jake Sullivan. A informação é da Reuters.
“Trabalharemos junto aos nossos aliados e parceiros para deter e responder a qualquer ataque realizado pelo Irã”, continuou Sullivan.
De acordo com o Ministério das Relações Exteriores iraniano, 51 autoridades norte-americanos cometeram “terrorismo” e violações aos direitos humanos ao atacarem Soleimani.
Com isso, as autoridades iranianas podem apreender ativos que estão no país e pertencem aos norte-americanos. A medida é simbólica, já que os 51 sancionados não têm patrimônio no Irã.
Sullivan não explicou o motivo de se referir a 52 pessoas, quando na verdade, Teerã anunciou sanção a 51 autoridades dos EUA.
Em 2 de janeiro, o Irã enviou uma carta à Assembleia Geral da ONU (Organização das Nações Unidas) solicitando uma ação formal contra os Estados Unidos pelo assassinato de Soleimani.
Soleimani, que comandava a Força al-Quds, unidade de elite da Guarda Revolucionária iraniana, foi morto em 3 de janeiro de 2020 durante uma operação ordenada pelo então presidente dos EUA, Donald Trump (2017-2021). Envolveu um ataque com drone em Bagdá, no Iraque. O general Esmail Qa’ani, braço-direito de Soleimani, assumiu o comando da Força al-Quds em janeiro daquele ano.
Poder 360