O juiz Pedro Antônio Mattos Schmidt decidiu manter presa Alzira Silverio Franceschini de 71 anos, acusada de ter envolvimento no homicídio do genro Roberto Cândido Mateus, 42 anos, assassinado a tiros em outubro de 2019, na Estrada do Tatu, zona rural do município de Tabaporã.
O relaxamento da prisão foi pedido pelo advogado da acusada, alegando que a idosa que está presa na penitenciária Ana Maria Couto em Cuiabá, não está recebendo tratamento médico adequado para câncer de pele, hipertensão e diabetes.
A defesa afirmou à Justiça que o quadro clínico da idosa “está em degradação, pois somente necessita de tratamento ininterrupto, em especial cirurgia, ou ainda quimioterapia, ou radioterapia”. Por esse motivo, pediu que a suspeita fosse colocada em prisão domiciliar.
Para o juiz, no entanto, as informações apresentadas no processo apontam que a penitenciária “está fornecendo o atendimento médico periódico à ré, inclusive com agendamento de dermatologista junto a regulação do estado para verificar a situação do câncer de pele”. O magistrado também ponderou que “não há qualquer laudo médico que indique que a ré esteja extremamente debilitada ou que não está recebendo o tratamento adequado na unidade em que está reclusa, tampouco que necessite de tratamento especializado fora do estabelecimento prisional”.
O assassinato de Roberto, segundo a acusação foi idealiza por Alzira, e cometido juntamente com participação da advogada Leticia Jheneffer Alves Freitas, Amilson Santos Pereira e Jader Hoffman.
O motivo do crime teria sido porque a sogra queria que a sua filha ficasse com a posse dos bens patrimoniais após o divórcio do casal.
O assassinato ocorreu em outubro de 2019, na Estrada do Tatu, zona rural do município. Roberto foi morto a tiros que atingira a cabeça e causaram múltiplas lesões no crânio, face e região cervical.
Os quatro foram denunciados por homicídio qualificado, mediante paga ou promessa de recompensa, por motivo torpe, com emprego de meio cruel e mediante recurso que dificultou a defesa da vítima.
Após descontar o cheque de R$ 25 mil pagos por Alzira, Amilson teria contratado o primo Jader por R$ 15 mil para executar a vítima, recebendo R$ 5 mil adiantados e o restante após o crime. Na data dos fatos, Jader supostamente dirigiu-se até uma estrada que dava acesso à fazenda em que Roberto Mateus trabalhava e, quando avistou o veículo da vítima se aproximando, fez sinal para que parasse.
Aproveitando-se do fato de que a vítima o conhecia, teria efetuado diversos disparos de arma de fogo em sua direção. A Polícia Militar recebeu denúncia anônima e, ao chegar no local, encontrou a vítima já sem vida.
Segundo a promotora de Justiça Anízia Tojal Serra Dantas, o crime foi praticado mediante paga ou promessa de recompensa, por motivo torpe, com emprego de meio cruel, visto que a vítima foi atingida por reiterados disparos de arma de fogo, e mediante recurso que dificultou a defesa de Roberto Mateus, que foi pego de surpresa.
Um dos envolvidos, Amilson Santos Pereira, já foi condenado a 22 anos em 2021 por outro homicídio. Ele era réu confesso do assassinato de Jaqueline dos Santos, de 24 anos. A jovem foi morta com um tiro na cabeça e teve o corpo parcialmente carbonizado, em junho de 2020, a cerca de três quilômetros do centro do município de Tabaporã.
Fonte: Porto Noticias