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Justiça determina que ex-deputado Riva preste serviços comunitários

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A Justiça determinou que o ex-deputado estadual José Riva preste serviços comunitários. Condenado por crimes de corrupção,   está em regime aberto, sem uso de tornozeleira eletrônica, desde outubro deste ano.

A decisão sobre serviço comunitário  faz parte do acordo de colaboração de premiada fechado por Riva em 2020. Na delação, ele   confessa  crimes praticados durante o tempo em que foi deputado estadual e atuou como presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso.

A decisão da juíza Edna Ederli Coutinho, da Segunda Vara Criminal do Núcleo da Execução Penal de Cuiabá, foi publicada na  última  sexta-feira (22). A magistrada estabelece prazo de três dias para que Riva  informe  a Central Integrada de Alternativas Penais (CIAP) sobre  instituição irá trabalhar em jornada de oito horas semanais..

 

“Determino que o sentenciado compareça à Central Integrada de Alternativas Penais (CIAP) desta Comarca ou entre em contato telefônico, em até 03 (três) dias, após a intimação desta decisão, para realizar entrevista, com o objetivo de indicar a entidade beneficente que receberá o serviço prestado, informando o endereço, os dias e o período matutino e/ou vespertino a serem laborados, em observância as peculiaridades do reeducando”, diz trecho da decisão.

A magistrada também  determina que a CIAP encaminhe relatório mensal da prestação de serviços e a especificação dos trabalhos que serão executados por Riva. “Em caso de descumprimento,  o Juízo deverá ser comunicado imediatamente.

Colaboração premiada

Riva cumpria prisão domiciliar por conta do acordo de colaboração premiada desde setembro de 2022. Em outubro deste ano, após comprovar a leitura de livros e participação em cursos,  conseguiu a antecipar   progressão de pena e foi para o regime aberto, retirando a tornozeleira eletrônica.

No acordo de colaboração premiada, Riva    ainda  se comprometeu a devolver ao Poder Público R$ 92 milhões. O pagamento está sendo feito em oito parcelas.

Riva foi deputado estadual 1995 a 2014, quando deixou a vida pública enquadrado na Lei da Limpa. Na delação, confessa  pagamentos de propina para 38  parlamentares com o objetivo de apoiarem o Governo do Estado.

O  esquema teria funcionou nos governos Dante de Oliveira (1995-2002), Blairo Maggi (2003-2010) e Silval Barbosa (2010-2014).  Além disso, pagamentos de propina  teriam sido feitos para garantir o comando da Mesa Diretora da ALMT.

Jacques Gosch/RD News

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