Home Estaduais Mãe alega que matou bebê em Sorriso para viver novo amor; polícia interrogará namorada

Mãe alega que matou bebê em Sorriso para viver novo amor; polícia interrogará namorada

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Ramira Gomes da Silva, de 22 anos, revelou à polícia que matou o filho Brayan da Silva Otani, quatro meses, por que queria seguir a vida em um outro relacionamento com uma mulher que mora em Roraima. Esta foi a jusficativa apresentada pela investigada, que foi indiciada por homicídio qualificado e ocultação de cadáver, em confissão ao delegado José Getúlio Daniel, que coordenou as investigações.

A mãe detalhou no depoimento que conheceu a namorada pela internet. A indiciada chegou a alegar que essa “namorada virtual” incentivou-a a matar a criança, mas elementos colhidos durante a investigação, por enquanto, descartam essa versão. O delegado ressalta, entretanto, que a dúvida persiste por isso essa mulher vai ser ouvida novamente e questionada sobre as alegações de Ramira. A polícia quer saber se, de alguma forma, ela tem ligação com o caso.

O delegado destaca que, durante a apuração, ficou claro que não há participação da irmã dela e nem e de uma colega com quem Ramira dividia o aluguel na casa, no bairro Benjamin Raiser, no crime.

Ramira foi presa na terça (18), em Rondônia, dias após matar Brayan. Ela confessou que matou o filho enquanto ele dormia em um carrinho de bebê. Detalhou que fez uma primeira tentativa de asfixiá-lo com um travesseiro, mas, depois de um minuto, notou que ainda estava vivo, respirava e chorava. Ela então voltou a asfixiar o pequeno, pressionando com mais força e por mais tempo, até perceber que a criança não emitia barulho.

Depois disso, ela pegou o corpo do bebê e o colocou na pia da cozinha, onde cortou braços e pernas, a fim de facilitar a ocultação do cadáver. Em seguida, colocou os membros do filho dentro de duas latas de bebida láctea, embalou-as em sacos de lixo e depositou na lixeira. O restante do corpo do bebê, ela levou até o buraco e depois cobriu com o restante da terra que estava solta, cavou mais um pouco de terra e terminou de encher o lugar.

O delegado disse que fará novas diligências para encontrar as partes amputadas, mas pondera que é algo difícil devido à decomposição dos restos mortais do bebê.

Segundo a Polícia Civil, Ramira também é mãe de outra criança, que tem dois anos. A primogênita mora com os avôs paternos, no Acre, estado natal da indiciada. O corpo de Brayan não será transladado para ficar com a família e deverá ser enterrado em Sorriso.

O delegado ressalta que, em quase três anos como delegado, este é um dos casos mais complicados e cruéis que já investigou. “Foi um crime muito grave, praticado pela mãe em desfavor do próprio filho. Obviamente, a sociedade iria nos cobrar uma ação rápida. E isso foi feito – realizamos diligências e representamos pela prisão preventiva. Foi bem eficiente”, analisa.

O caso

Parte do corpo do bebê, que nasceu em 21 de dezembro de 2020, foi encontrado enterrado nos fundos da casa, no bairro Benjamin Raiser, onde a mãe morava há poucas semanas. O menino sofreu mutilações depois de ser morto, tendo mãos e pés cortados. O tronco foi enterrado em uma cova rasa próxima a um tanque, nos fundos da residência. O corpo somente foi descoberto depois que o cachorro da raça Pit Bull de uma vizinha escavou o buraco, o desenterrou e o arrastou para uma calçada.

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