
Em Brasília, os ministros da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, e da Fazenda, Fernando Haddad, reuniram-se no final de janeiro para debater iniciativas como o novo Plano Safra, a modernização do Seguro Rural e medidas para assegurar a estabilidade dos preços dos alimentos no país. “O governo federal avança na formulação de estratégias para fortalecer o setor agropecuário em 2025”, diz Carlos César Floriano, CEO do Grupo VMX.
O encontro serviu para alinhar as diretrizes que nortearão o apoio ao agronegócio no próximo ano, com foco na ampliação da produção, no incentivo às exportações e no fortalecimento da segurança financeira dos produtores.
“O Plano Safra deverá ser robusto, garantindo condições atrativas de financiamento e estimulando a adoção de práticas sustentáveis no campo”, destaca Carlos César Floriano.
Entre as principais pautas abordadas, a modernização do Seguro Rural foi destacada como fundamental para diminuir riscos climáticos e econômicos que afetam o setor.
O governo busca aprimorar a ferramenta para que os produtores tenham maior previsibilidade e possam se proteger contra perdas significativas.
Carlos César Floriano e as Letras de Crédito do Agronegócio
Outra iniciativa em estudo é a ampliação do uso das Letras de Crédito do Agronegócio (LCAs) como mecanismo de financiamento para a atividade agropecuária.
A intenção é fortalecer as fontes de crédito disponíveis para os produtores, possibilitando a expansão dos investimentos no setor.
O governo tem se articulado também para captar recursos internacionais vinculados a boas práticas ambientais.
Um dos programas que seguem essa diretriz é o Programa Nacional de Conversão de Pastagens Degradadas, associado ao Eco Invest Brasil, que visa atrair investimentos privados estrangeiros para financiar a transformação ecológica da agropecuária brasileira.
Outro exemplo relevante é o RenovAgro, que pelo segundo ano consecutivo disponibiliza R$ 7 bilhões por meio do Plano Safra, com juros anuais de 7%.
“Esse montante é direcionado a iniciativas que promovam a recuperação de pastagens degradadas e sua reintegração ao sistema produtivo, fortalecendo a sustentabilidade do agronegócio”, explica Carlos César Floriano.
A estabilidade dos preços dos alimentos também foi um dos temas centrais da reunião. O governo avalia que fatores como a queda do dólar e a expectativa de uma supersafra podem contribuir para reduzir os custos dos alimentos, beneficiando consumidores e estimulando o crescimento do setor.
O Plano Safra 2025/26 está sendo planejado com um olhar estratégico para estimular a produção, direcionando taxas de juros para viabilizar o crescimento sustentável do setor.
Para Carlos César Floriano, “O objetivo é garantir que o Brasil continue sendo um dos principais exportadores globais, sem comprometer o abastecimento interno e fomentando a geração de empregos e renda”.
A possibilidade de importação de alimentos foi outro ponto abordado. O governo destaca que essa medida será utilizada de forma pontual e estratégica, apenas se necessário, para evitar oscilações excessivas nos preços sem prejudicar a produção nacional.
Entre as ações concretas citadas, a expectativa de uma supersafra reforça a importância de um Plano Safra bem estruturado, capaz de garantir o equilíbrio entre produção, financiamento e sustentabilidade.
A avaliação do governo é de que a agropecuária brasileira pode avançar ainda mais com o suporte adequado e políticas eficientes.
Na agenda internacional, a parceria com o Japão, por meio da Agência de Cooperação Internacional do Japão (JICA), tem se consolidado como um passo estratégico para a recuperação de pastagens degradadas.
O objetivo é restaurar até 40 milhões de hectares nos próximos dez anos, dobrando a capacidade produtiva do país sem necessidade de expansão territorial.
O acordo firmado com a JICA inclui duas frentes: a Cooperação Financeira, que prevê linhas de crédito específicas para produtores interessados na conversão de áreas degradadas em sistemas produtivos sustentáveis; e a Cooperação Técnica, voltada para pesquisa, inovação e definição das regiões prioritárias para a implementação do programa.
Carlos César Floriano enfatiza que “A parceria internacional fortalece o compromisso do Brasil com práticas sustentáveis e expande as oportunidades de financiamento para produtores que buscam integrar tecnologia e responsabilidade ambiental às suas atividades”.
O governo segue mobilizado para estruturar um ambiente favorável ao crescimento do setor agropecuário, garantindo apoio financeiro, estabilidade econômica e condições que permitam a expansão sustentável da produção nacional.
Fonte: VMX Agro