Mato Grosso tem, pelo menos, 1 milhão de doses de vacinas contra a Covid-19 paradas, em estoques da Secretaria de Estado de Saúde (SES-MT) e das secretarias municipais.
Para o secretário Gilberto Figueiredo (DEM), o maior desafio, neste momento, é a “pandemia de fake news”.
A fala foi feita durante vistoria às obras do Hospital Geral, no Centro Político Administrativo (CPA, nesta quarta-feira (16).
“O ritmo é considerado lento. Aproximadamente 15% da população vacinável infantil é que foram vacinadas no Estado de Mato Grosso. Existem vacinas suficientes. Existe, cada dia mais, um negacionismo fazendo pressão para afastar as pessoas dos postos de vacinação. E os secretários municipais, os prefeitos, se desdobram para montar estratégicas que facilitem a ampliação da cobertura vacinal. É triste porque hoje só tem uma solução prática, que é a vacina, para reduzir a possibilidade de hospitalização e óbito. E nós continuamos tendo que ampliar leitos de forma considerável, um custo alto para atender as pessoas que não querem se vacinar e que acabam indo para um leito de UTI”, disse.
O secretário lembrou o investimento de mais de R$ 5 milhões para a modernização da Central de Imunobiológicos, onde há a central de frios para armazenar as vacinas que são distribuídas aos municípios.
Houve também compra de freezers, incluindo aqueles que armazenam os imunizantes da Pfizer a 88 graus centígrados negativos.
“Só que existe hoje um estoque robusto nos municípios e na nossa central. Então, se não houver uma aceleração, uma evolução do que está acontecendo hoje… Inclusive, nós vamos premiar, agora no mês de março, a outra etapa do programa Imunize MT, reconhecendo as altas coberturas vacinais e boas práticas no Estado… Se isso não acontecer, nós vamos ter que, efetivamente, notificar o ministério para diminuir o fluxo de vacina para o Estado do Mato Grosso”, apontou.
Gilberto Figueiredo ainda descartou que haja possibilidade de que vacinas passem do prazo de validade, no estoque da Secretaria de Saúde.
Caso a validade esteja próxima do fim, a pasta deve organizar o envio de volta ao Ministério da Saúde, ou encaminhar para outro Estado onde haja demanda.
O Estado também ofereceu ajuda aos municípios que tenham dificuldade financeira para viabilizar a vacinação, com o adiantamento de recursos da atenção básica.
“Mas, o maior adversário nosso, neste momento, é a pandemia de fake news e de negacionismo, que existe hoje no nosso país”, completou o secretário.
Mídia Jur