O ex-deputado federal Nilson Leitão (PSDB) confirma ter recebido convite do presidente da República Jair Bolsonaro (PL) para concorrer ao Palácio Paiaguás, mas garante que possibilidade esta em “stand by” aguardando uma definição do senador Wellington Fagundes (PL), que é pressionado pelo presidente e por opositores do governador Mauro Mendes (UB) para que deixe de lado o projeto à reeleição e concorra ao Executivo.
Segundo Nilson Leitão, o grupo fixou prazo até do dia 20 de março para que Wellington defina se vai disputar o Governo do Estado ou não. Isso porque assim haveria tempo suficiente para que lideranças com mandato se movimentem e ingressem em partidos para consolidar uma aliança de oposição a Mauro Mendes, lançando outro nome, que pode ser o do tucano.
“Após os movimentos nacionais (como o Brasil Verde e Amarelo) fui convidado pelo presidente Bolsonaro para ser candidato a governador de Mato Grosso, mas não fiz nenhum movimento concreto para viabilizar a candidatura. Nesse ínterim o presidente (Bolsonaro) se filiou ao PL e temos que respeitar o senador Wellington que é a maior liderança do partido do presidente da República em Mato Grosso”, disse Leitão ao RD News, que ontem (23) participou de reunião no gabinete de Wellington, em Brasília.
Além do ex-deputado federal e do senador, participaram do encontro o senador Jayme Campos e o deputado Eduardo Botelho, ambos do UB. Entre os temas conversados está o processo eleitoral que começa a se desenhar, mas Leitão frisa que segue focado, ao menos por enquanto, nas atividades como consultor do Confederação Nacional da Agricultura (CNA) e também como presidente do Instituto Pensar Agropecuária (IPA), que reúne 48 entidades responsáveis 60% do PIB nacional.
Nos bastidores, a informação é de que Wellington tem vontade de voltar a concorrer ao Palácio Paiaguás, mas que sente mais segurança na disputa pela reeleição. E, embora não tenha descartado a possibilidade de concorrer a um novo mandato em chapa liderada por Mauro, essa possibilidade é cada vez mais remota por causa da falta de uma relação de confiança entre ambos. Wellington teme apostar na união e no fim ser fritado pelo grupo capitaneado pelo governador, ficando enfraquecido para buscar á reeleição ao Senado.
Assim, a tendência é que as reuniões sejam bastante intensas nos próximos dias para garantir uma definição de Wellington, que vai impactar diretamente no tabuleiro político e na movimentação de lideranças, que devem trocar de partidos até 1º de abril, quando se encerra a janela partidária.
Chapas
Nilson Leitão ressalta neste momento, no campo político partidário, segue auxiliando o presidente estadual do PSDB, Carlos Avalone na formação das chapas a deputado estadual e deputado federal do partido. Tentando atrair lideranças para fortalecer a legenda rumo às eleições de outubro, onde também pode voltar a disputar vaga na Câmara Federal.
Patrícia Sanches e Jacques Gosch/RD News