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Paz para Pelé e que Bolsonaro nos deixe em paz

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Na Batalha de Waterloo, Napoleão Bonaparte entrou na alça de mira do duque de Wellington. Um oficial britânico viu e comunicou ao nobre que comandava as tropas britânicas e esse lhe respondeu que general não atira em general.

No campo de batalha o Imperador e o Duque lutaram tanto quanto os oficiais e soldados que comandavam. Na diplomacia que não pode faltar nem mesmo na mais adversa das situações, ambos foram cavalheiros, mantiveram a postura de estadista.

Recorro a 18 de junho de 1815, data do confronto em Waterloo para mostrar a pequenez do presidente Jair Bolsonaro (PL), que na sexta-feira, 30 de dezembro, deixou o Brasil em um avião da Presidência, rumo ao Estados Unidos, numa fuga vergonhosa, para não transmitir a faixa presencial ao sucessor Lula da Silva (PT).

Vacância do cargo de Bolsonaro, que chega ao fim ao primeiro segundo do domingo, dia primeiro de janeiro, não há. Na linha sucessória tem o vice-presidente Hamilton Mourão e os presidentes da Câmara, Senado e Supremo Tribunal Federal. Porém, o desequilíbrio emocional do presidente em fim de mandato mostra que o mesmo nunca esteve preparado para chefiar o Estado Brasileiro.

Com atitude de menino mimado, que ao não receber o pirulito chora, Bolsonaro dá uma banana para o apagar das luzes de seu governo e embarca para os Estados Unidos.

Com a viagem Bolsonaro menospreza o país, ofende mais de 58 milhões de eleitores que lhe disseram sim nas urnas e desqualifica a memória do Rei Pelé, que será velado na segunda-feira, 2, e no dia seguinte, em Vila Belmiro, onde começou o único reino universal que se tem conhecimento. O presidente deveria ter ido ao Hospital Albert Einstein levar condolências aos familiares e anunciar a concessão de enterro com honras de chefe de Estado ao mais ilustre brasileiro.

O mundo inteiro se curvará ao funeral do Rei Pelé nessa abençoada e ensolarada terra dele, de JK, Santa Dulce dos Pobres, Chico Xavier, Garrincha, Marechal Rondon, Chiquinha Gonzaga, Lima Duarte, Eder Jofre, Delmiro Gouveia, Bernardo Sayão, João Augusto Amaral Gurgel, Mãe Menininha, Jorge Amado, Plácido de
Castro, Dr. Zerbini, Dom Helder Câmara, Luiz Gonzaga, Inezita Barroso, Catulo da Paixão Cearense e de incontáveis outros, incluindo todos as Maria e José. Lenços brancos e lágrimas pelo adeus do mago dentro e fora das quatro linhas.

Reverenciemos o maior brasileiro de todos os tempos. Luz na eternidade para o Rei Pelé e que Bolsonaro nos Estados Unidos continue sonhando com um golpe de Estado que lhe devolva o poder, mas que nos deixe em paz.

EDUARDO GOMES
@ andradeeduardogomes
eduardogomes.ega@gmail.com
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