O vereador Claudiomar Braun, do PSB, teve seu mandato cassado na noite desta quinta-feira (19-10), por atos de homofobia. Esta é a primeira vez na história da Câmara Municipal da cidade que um parlamentar perde seu mandato por esse motivo. Até então, apenas outros dois vereadores haviam sido cassados, mas por razões distintas.
A votação, realizada na câmara, com o plenário completamente lotado de familiares e apoiadores de ambos os envolvidos, contou com 6 votos a favor da cassação e 3 votos contra. Os vereadores que apoiaram a cassação foram; Tenente Donizete, Eder Boldrin, Antonio Carrasco “Tampinha,” Ângela Piovesan, Valdir Bobbi (suplente de Claudiomar) e Vilmar de Oliveira (suplente de Leandro Budke). A surpresa da noite foi o voto favorável de Valdir Bobbi, que, apesar de ser suplente do mesmo partido de Claudiomar, optou pela cassação. Com a saída de Claudiomar, Valdir se tornará vereador titular até o final de 2024.
Ele foi o “voto de minerva” que culminou na cassação, uma vez que para que acontecesse a votação precisava de um terço de aprovação.
Por outro lado, os vereadores Professor Enos, Luciane Bündchen e Ivo Castro votaram contra a cassação.
Após a votação, tanto o presidente Leandro Budke, que apresentou a denúncia, quanto o vereador cassado Claudiomar Braun, recusaram-se a dar declarações à imprensa.
O vice-presidente, Eder Boldrin, que conduziu a sessão extraordinária, lamentou o episódio que culminou na cassação e anunciou que a mesa diretora da Câmara seguirá os procedimentos legais para empossar o suplente Valdir Bobbi em definitivo já na próxima sessão ordinária, marcada para a segunda-feira, 23 de outubro.
Claudiomar Braun tinha sido eleito em 2020 como o segundo mais votado de Porto dos Gaúchos, com 253 votos.
Por que Claudiomar foi cassado
Conforme a denuncia do vereador Leandro Budke, Claudiomar dirigiu ofensas a sua opção sexual em três ocasiões. A primeira quando ele teria postado uma mãozinha, em um grupo de whatsapp e Claudiomar teria dito : “é bem seu perfil mesmo”.
Em outro episódio, em maio deste ano, em uma reunião da Câmara para debater projetos de leis, o vereador Claudiomar teria desferido frases ofensivas e discriminatórias para Leandro dizendo; “o c* é seu, você dá para quem você quiser”.
O terceiro episódio que culminou no pedido de abertura do pedido de cassação, ocorreu quando Claudiomar teria proferido na área externa da Câmara para Leandro: “eu não gosto de veado”. O fato foi após um desentendimento que tinha ocorrido entre os dois durante a sessão que tinha sido realizada mesmo dia
Claudiomar negou todas as acusações, argumentando que vinha sendo vitima de perseguição por parte de Leandro Budke, que no dia do terceiro episodio tinha lhe cortado o microfone na tribuna, lhe chamado de “vereadorzinho e insinuado que ele tinha se beneficiando ilegalmente de dinheiro publico.
Fonte: Porto Noticias
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