A candidata mais votada no estado, a deputada federal Rosa Neide (PT), não foi reeleita neste domingo (2). Apesar dela ter alcançado mais de 124 mil votos, a federação partidária na qual pertence não atingiu o quociente eleitoral necessário para assegurar a vaga no Parlamento.
Segundo o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o quociente é calculado a partir do número de votos válidos dividido pela quantidade de vagas disponíveis ao estado.
Para eleger um deputado federal, no pleito deste ano em Mato Grosso, um partido ou federação teve que obter, no mínimo, 216.284 votos.
No final da apuração desse domingo (2), foram 1.730.277 votos válidos para deputado federal, sem contar votos nulos ou brancos, dividido por oito, que é a quantidade de cadeiras que o estado tem direito no Parlamento.
Esse número é distribuído entre os estados conforme o tamanho da população. Ou seja, quanto maior for a comunidade, mais cadeiras terá na Casa Legislativa.
Com o resultado dessa divisão, chega-se a 216.284, que é o quociente deste ano. Então, a quantidade de votos de Rosa Neide, somada com os demais candidatos da federação PT, PV e PC do B, não alcançou o valor do quociente para ser reeleita.
Essa matemática usada para definir os representantes políticos está em vigor no país desde a década de 30 do século passado, com poucas modificações ao longo dos anos, segundo o TSE.
A lógica dessa medida é fazer com que os ideais partidários prevaleçam sobre os interesses individuais.
G1-MT