Os números negativos da má-gestão dos dois mandatos de Agenor Evangelista da Silva, prefeito de Novo Horizonte do Norte entre os anos de 1997 e 2004, ainda rende prejuízos aos cofres da prefeitura do município até hoje.
No dia 23 de novembro deste ano, a prefeitura recebeu uma carta de citação da 01ª Vara Civil da Subseção da Justiça Federal de Cuiabá, referente ao ajuizamento de uma ação monitória proposta pela União em desfavor do município.
Conforme o processo nº 0005195-55.2006.4.01.3600, a União requer que o município realize o pagamento de R$ 108.108,31 (cento e oito mil, cento e oito reais e trinta e um centavos), de cheques que foram emitidos no ano de 2000 em favor da empresa Confiança Factoring Fomento Mercantil-LTDA, empresa pertencente a João Arcanjo Ribeiro, o “comendador”, que ficou conhecido em todo o estado como líder do crime organizado em MT.
São 04 cheques do Banco do Brasil de números: 000020, 000926, 000928 e 000929, no montante de R$ 24.000,00, emitidos nas datas de 14/03/2000 – 28/06/2000 – 28/06/200 e 28/06/2000 e pré-datados para 20/07/2000, 08/09/2000, 10/11/2000 e 01/12/2000.
Devido a ação penal nº 2003.8505-4, em que João Arcanjo figura como réu, foi decretado, na sentença penal condenatória, o perdimento, em favor da União, de todos os bens, direitos e valores pertencentes a ele.
De acordo com a assessoria jurídica da prefeitura de Novo Horizonte do Norte, o município tem o prazo de 15 dias para realizar o pagamento ou apresentar defesa de contestação.
Relembre algumas irregularidades deixadas pela gestão do ex-prefeito Agenor Evangelista da Silva, quando deixou a prefeitura em 2004.
– Sistema de telefonia cortado;
– Três folhas de energia em atraso e aviso de corte;
– Máquinas e veículos totalmente sucateados;
– Fornecedores sem receber;
– O município recebeu recursos para construção de 20 casas populares, mas as habitações não foram construídas;
– Servidores com até 04 meses de salários em atraso. Inclusive, o ex-prefeito acionou a justiça para receber o próprio salário, que não foi pago por ele mesmo.
– Previdência com apenas R$ 60,72 (sessenta reais e setenta e dois centavos). Em 1996, quando Agenor assumiu a prefeitura, o saldo da previdência era de R$ 117.512,86 (cento e dezessete mil, quinhentos e doze reais e oitenta e seis centavos). Esse rombo da previdência, a prefeitura está pagando de forma parcelada.
Na época, ao assumir a prefeitura, para não sofrer sanções mais severas, como bloqueios em certidões, a gestão do ex-prefeito Junior Pereira Neves (in-memoriam), aceitou pagar o rombo em 240 parcelas, que termina no ano de 2025. Cada parcela, gera em torno de oito mil reais.
Outros processos da gestão do ex-prefeito Agenor Evangelista da Silva ainda seguem em tramitação na justiça, e podem gerar prejuízos futuros ao município de Novo Horizonte do Norte.
Fonte: Redação/Porto Noticias