Circulou nos grupos de whatsapp nos últimos dias um áudio do presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Soja (Aprosoja), Antonio Galvan, indignado com ruralistas ligados ao bolsonarismo.
A fala de Galvan é um desabafo sobre como o bolsonarismo pena em obter ‘soldados’ para lutar pela agenda negacionista de Jair Bolsonaro na pandemia.
Os produtores rurais decidiram realizar uma manifestação em Brasília, no próximo dia 15 para apoiar um suposto decreto de Bolsonaro contra as medidas sanitárias adotadas por prefeitos e governadores para conter o avanço do vírus.
O líder sindical revela-se ‘humilhado’, diante da constatação de que os voluntários de Mato Grosso — berço do ruralismo bolsonarista — dispostos a rodarem até Brasília para protestar contra o STF ‘não enchem um ônibus’.
‘Com o saco de soja no preço que tá, muitos não querem sequer dar um centavo e ajudar na despesa de todo mundo e nem participar lá também. Vocês não têm direito de cobrar nada da Aprosoja nem de qualquer entidade’, reclama Galvan.
‘O presidente Bolsonaro falou que vai fazer um decreto para acabar com isso (lockdown)’, diz o sindicalista que, na sequência, reclama dos bolsonaristas: ‘Está sendo humilhante para nós, que estamos à frente do movimento Brasil Verde e Amarelo… Não se vê gente, até agora, para sequer fechar um ônibus para ir a Brasília’”.