O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, disse no domingo (27) que o país está pronto para aceitar o status de neutralidade para manter a paz com a Rússia.
Apesar disso, o ucraniano afirmou que para isso acontecer, será necessário que uma terceira parte garanta a condição e colocado em um referendo.
Negociadores ucranianos e russos estão com as conversas travadas desde a semana passada, mas uma nova rodada deve ser retomada a partir de terça-feira (29).
O Kremlin afirmou que ainda não há uma previsão de encontro presencial entre Zelensky e Vladimir Putin, o presidente da Rússia. O conselheiro do ministro do Interior da Ucrânia também disse, nesta segunda, que não espera novos avanços nas negociações de paz.
Entenda o conflito entre Rússia e Ucrânia
A tensão entre os dois países é antiga. No fim de 2013, protestos populares fizeram com que o então presidente ucraniano Víktor Yanukóvytch, apoiado por Moscou, renunciasse. Na época, os ucranianos debatiam uma possível adesão à União Europeia.
Em 2014, a Rússia invadiu a Ucrânia e anexou o território da Crimeia, incentivando separatistas pró-Rússia desde então. Em 2015, foram firmados os Acordos de Minsk que decretavam um cessar-fogo, entre outros pontos, e proibiam Moscou de apoiar os rebeldes e Kiev deveria reconhecer Donetsk e Luhansk como províncias autônomas.
Apesar disso, o conflito continuou, o cessar-fogo não foi respeitado e cerca de 10 mil pessoas morreram desde então.
Em novembro de 2021, a Ucrânia se movimentou para fazer parte da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), a aliança militar criada após a Segunda Guerra Mundial. A Rússia se sentiu ameaçada e iniciou exercícios militares na fronteira com o país vizinho, exigindo que a nação nunca se torne um membro.
A tensão se estendeu e se agravou após o presidente russo reconhecer Donetsk e Luhansk como províncias independentes, causando sanções por parte do Ocidente e a invasão de 24 de fevereiro.
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