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Proagro e Seguro Rural é solicitado por mais de 81 mil produtores devido à seca

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Na atual safra de verão, em análise realizada até o dia 20 de janeiro de 2022 pela Secretaria de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), apurou que mais de 81 mil produtores comunicaram as perdas de produtos ocasionados pela seca. Deste montante, o seguro rural foi solicitado por 42.541 produtores e 38.906 acionaram o Programa de Garantia da Atividade Agropecuária (Proagro). Conforme informações de Carlos César Floriano, CEO do Grupo VMX, “Este levantamento foi realizado pelo Mapa e o Banco Central do Brasil, que é o agente responsável pelo Proagro”, explica.

A investigação realizada pela Secretaria de Política Agrícola (SPA) tem como foco a perda das lavouras de milho e soja devido à seca que atinge partes dos estados do Rio Grande do Sul, São Paulo, Santa Catarina, Paraná e Mato Grosso do Sul. Outras atividades agrícolas também foram afetadas pela escassez de água e clima quente e seco, como as leguminosas, arroz, cana-de-açúcar, frutas, hortaliças, pecuária (leite), apicultura, etc.

O seguro rural tem se mostrado como um importante mecanismo de proteção ao permitir que os produtores invistam em suas lavouras com tranquilidade e segurança, pois poderão recuperar parte de seus recursos de investimento e continuar com sua produção caso ocorram condições climáticas adversas durante o período de safra.

No período aproximado de três anos, que compreende desde janeiro de 2019 a novembro de 2021, as seguradoras pagaram aos produtores um valor corrigido pelo IPCA equivalente a R$ 9,5 bilhões.

A estiagem não parou seus efeitos e as lavouras estão em época de colheita, o que deve mudar esses números ao realizar a próxima pesquisa que está prevista para o final de fevereiro. Entre as lavouras mais afetadas, a soja teve cerca de 37 mil sinistros (32% das apólices) e 22,2% da área do contrato de seguro afetada, o equivalente a 1,7 milhão de hectares que as seguradoras vão fiscalizar.

O Mapa facilitou o aumento da rede de especialistas que realizam fiscalizações e capacitam profissionais de seguros rurais. Em janeiro de 2022, havia 1.178 peritos cadastrados no seguro rural, um aumento de 55% nos últimos 15 meses. Entre os estados mais afetados e segurados estão o Paraná com 30.916 sinistros, Rio Grande do Sul com 4.375 e o Mato Grosso do Sul com 3.160. Segundo Carlos César Floriano, “Ainda está em análise o valor de R$ 2,7 bilhões em indenizações nas seguradoras”, salienta.

No Programa de Garantia da Atividade Agropecuária, o valor das indenizações em análise chegou a 2,3 bilhões de reais, o que, somado ao seguro, poderia proporcionar mais de 5 bilhões de reais em indenizações aos agricultores que utilizam estas ferramentas para proteger as lavouras e diminuir os riscos climáticos. Das cerca de 39 mil solicitações ao Proagro, o milho se destacou com mais de 26 mil relatórios de perdas (68,7% do total), enquanto o estado produtor-dominante do Rio Grande do Sul, que emprega o Proagro, respondeu por 53,2% do total, ou seja, 20.719 operações alcançadas.

Carlos César Floriano identifica as áreas protegidas pelo Proagro ou o Seguro Rural
O SPA cruzou informações da área plantada e o seguro da Conab com os dados do Proagro para verificar a área total protegida por mitigação de risco climático nos cinco estados mais afetados pela seca. Quase 40% da área plantada nesses estados possuem seguro de milho e soja ou contam com o Proagro.

Uma pesquisa com as cinco grandes instituições financeiras demonstram que o Proagro e o Seguro Rural têm cobertura significativa de medidas para diminuir o risco para os pequenos e médios produtores de soja e milho.

 

Assessoria

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