O produtor rural precisa redobrar os cuidados durante a colheita do milho para prevenir incêndios acidentais e, assim, evitar prejuízos financeiros e ambientais em suas propriedades. O alerta é feito todos os anos pela Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja-MT) para relembrar e orientar os produtores sobre as medidas preventivas.
Na página de Informe ao Produtor Rural, no site da Aprosoja-MT, o produtor pode encontrar uma cartilha com todas as orientações da entidade. Confira aqui.
Além disso, a partir de 1º de julho começa o período proibitivo de queimadas, conforme o decreto 827/2024, publicado pelo Governo do Estado, em abril deste ano. No bioma da Amazônia e Cerrado, o período proibitivo de uso do fogo vai até 30 de novembro. Já no Pantanal, o período proibitivo segue até 31 de dezembro.
O vice-presidente da Aprosoja-MT e coordenador da Comissão de Sustentabilidade, Luiz Pedro Bier, explica que o produtor de soja e milho não faz manejo com o fogo. Isso porque o fogo é inimigo da produção de soja e milho, pois destrói a matéria orgânica no solo, que demora diversos anos para ser formada ou recuperada.
“A gente está numa época crítica, em que a palha está seca e o milho é uma cultura que tem muita palha, que apresenta mais riscos. E temos uma situação atípica esse ano, que é a incidência de ventos, que chegaram antes que em Mato Grosso”, afirma o vice-presidente. Atualmente, a colheita do milho em Mato Grosso está em 21,73%.
Ainda de acordo com Luiz Pedro Bier, o produtor deve ter um caminhão pipa junto da colheita, além de iniciar sempre pelas bordaduras. Bier explica que, dessa forma, se ocorrer algum incêndio fica mais fácil de distinguir a localidade e ser mais assertivo na hora de combater o fogo. Além disso, é preciso andar sempre com grades e lâminas junto à operação.
“Se tiver a incidência de fogo, o aceiro logo pode ser iniciado imediatamente. Também é importante fazer acero nas áreas de preservação permanentes, nas reservas legais e em todos os lugares mais sensíveis, como ao redor da sede. Também é recomendado que a colheita seja feita nas horas mais frescas, evitando colher entre as 10 e 15 horas”, pontua.
A cartilha elaborada pela Aprosoja-MT e pelo Corpo de Bombeiros também traz outras dicas, como evitar o superaquecimento das máquinas para evitar centelhas, colher na direção contrária do evento, ter plano de comunicação junto com os vizinhos, verificar pontos de captação de água para abastecimento do caminhão-pipa, dentre outras.
Fonte: Aprosoja