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Sintep nega retorno às aulas mesmo com vacina para professores e indica possível greve

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O presidente Sindicado dos trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep), Valdeir Pereira tem declarado que considera absurda a volta às aulas presenciais, mesmo com os professores da rede pública sendo vacinados. Uma nota divulgada pelo sindicato, afirma que a volta às aulas só vai ocorrer com a população imunizada. A Assembleia Legislativa do Estado aprovou projeto de lei que considera a educação essencial e o governador Mauro Mendes (DEM) afirmou que vai sancionar. Com isso, fica determinada por lei a volta às aulas no Estado, mas as declarações do presidente e a nota divulgada na sexta-feira (16), indicam que categoria não vai acatar e pode haver greve.

A exigência do Sintep é que além dos professores, sejam vacinados os alunos e os pais dos alunos para haver o retorno presencial das aulas. A condição do Sintep irritou o governador, que disse que o sindicato deve estar debochando do Estado.

Na nota, o Sintep defende a necessidade de vacinação em massa e argumenta que mesmo vacinados, a resposta do sistema imunológico dos professores não será imedidata, por isso cobra a aceleração da vacinação geral e insiste:

“O sindicato destaca que a imunização precisa ser acelerada e para TODA a população, já que os estudantes também correm risco de contaminação e a partir daí, são potenciais transmissores do vírus para seus familiares, sendo que muitos são idosos e com comorbidades. Lembramos que estamos falando de estudantes que deverão ser imunizados de acordo com o atual programa nacional de imunização. (…) Retorno presencial das aulas, só com a população imunizada”. 

Valdeir afirmou ainda, em vídeo compartilhado, que o projeto de lei 21/202, de autoria do deputado estadual Elizeu Nascimento, que estabelece a educação como serviço essencial é equivocada, o que determina a abertura das unidades escolares em caso de sanção de Mendes. “A Assembleia Legislativa aprovou esse projeto cedendo a pressões dos setores privados, de pais de estudantes de escolares particulares e prefeitos, sem considerar que essa decisão coloca em risco a vida milhares de profissionais, que atuam na educação básica, ensino superior nas redes públicas e privadas. Reprovamos a PL 21, isso nos causa grande estranheza, preocupação e indignação”, declarou Pereira.

Mauro Mendes, por sua vez, comparou a deboche a condição do sindicalista à retomada das aulas presenciais somente após professores, pais e alunos também estarem vacinados contra a covid-19.

Esse cara só pode estar de gozação. Quer dizer que ele quer que todo mundo esteja vacinado? Isso vai ser no final do ano. Negativo. Essa opinião dele não é a opinião da maioria dos cidadãos e tenho certeza que não é a opinião da maioria dos professores. Vacinou os professores nós vamos voltar”, disse Mauro em entrevista à Rádio Jovem Pan, na manhã desta sexta-feira (16).

A aplicação da vacina nos profissionais da educação deve iniciar assim que concluída a etapa de imunização dos servidores da Segurança Pública.

Reporter MT

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