Home Agronegócio Sustentabilidade na pecuária: práticas que estão transformando o setor

Sustentabilidade na pecuária: práticas que estão transformando o setor

9 min ler
0

Em meio a pressões crescentes por práticas ambientalmente responsáveis, a pecuária brasileira busca soluções sustentáveis para reduzir seu impacto e garantir a produção em equilíbrio com o meio ambiente. Com novas tecnologias e métodos de manejo mais conscientes, o setor encontra-se em um momento de transformação, reavaliando estratégias para reduzir emissões, preservar a biodiversidade e utilizar recursos de forma eficiente. Para o CEO do Grupo VMX, Carlos César Floriano, “A adaptação da pecuária é essencial para o futuro da alimentação e para manter a competitividade do Brasil no mercado global”, afirma.

Uma das principais práticas adotadas para tornar a pecuária mais sustentável é o manejo rotacionado, que busca alternar o uso das áreas de pastagem, proporcionando descanso ao solo e reduzindo a degradação. 

Essa prática melhora a absorção de nutrientes, diminui a necessidade de fertilizantes artificiais e aumenta a produtividade do pasto. Em vez de manter o gado em áreas contínuas, o sistema rotacionado distribui os animais em diferentes partes do terreno, garantindo a regeneração natural da vegetação e a absorção de carbono pelo solo. 

Segundo Carlos César Floriano, “O manejo rotacionado é uma das ferramentas mais eficazes para manter a saúde do solo e garantir um ciclo produtivo sustentável”, diz.

Outras práticas de manejo sustentável incluem o uso de plantas de cobertura, como gramíneas e leguminosas, que ajudam a preservar o solo e melhoram a qualidade da pastagem. 

Essas plantas contribuem para o controle natural de pragas e reduzem a erosão, aumentando a fertilidade da terra sem a necessidade de insumos químicos. 

O uso consciente de defensivos e fertilizantes, aliado ao monitoramento do solo, também permite uma produção mais equilibrada e menos agressiva ao meio ambiente.

Carlos César Floriano e as tecnologias e emissões: redução e controle

A inovação tecnológica também vem transformando o modo como a pecuária lida com as emissões de gases de efeito estufa. Pesquisas recentes indicam que práticas como a introdução de aditivos naturais na alimentação do gado podem reduzir as emissões de metano, um dos principais gases responsáveis pelo aquecimento global. 

Esses aditivos, compostos por algas e outras substâncias naturais, agem diretamente no sistema digestivo dos animais, diminuindo a liberação de gases sem comprometer o crescimento e a produtividade do gado. 

Carlos César Floriano explica que “A redução das emissões é um ponto necessário para a pecuária moderna, e o uso de aditivos naturais é uma das soluções mais promissoras”.

Sensores e tecnologias de monitoramento também estão permitindo um controle detalhado da saúde e do comportamento dos animais. Dispositivos de monitoramento acoplados ao gado podem identificar o estado de saúde de cada animal em tempo real, ajudando a evitar desperdícios de recursos e a reduzir a necessidade de medicamentos. 

Essa precisão permite uma gestão mais eficiente dos rebanhos, promovendo o bem-estar animal e, consequentemente, uma produção mais sustentável.

O uso da tecnologia vai além do monitoramento direto do gado. Ferramentas como drones e satélites auxiliam no controle das áreas de pastagem e no mapeamento de zonas de proteção ambiental, facilitando a adoção de práticas de preservação. 

Essas tecnologias oferecem dados essenciais para que o produtor tome decisões embasadas e, assim, minimize o impacto da pecuária sobre o ecossistema.

Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF): um sistema completo e eficiente

A integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF) é uma das práticas mais inovadoras na pecuária sustentável, combinando atividades agrícolas, pecuárias e florestais no mesmo espaço, de forma planejada e em harmonia com o ecossistema. 

Essa abordagem reduz a necessidade de desmatamento e promove o uso racional da terra, permitindo que os produtores aumentem a produtividade sem a expansão da área utilizada. 

No sistema ILPF, as árvores absorvem dióxido de carbono, enquanto o gado ajuda a manter a pastagem em condições saudáveis, e as lavouras enriquecem o solo com nutrientes.

Esse modelo de produção integrada tem atraído cada vez mais adeptos e sido incentivado por políticas públicas e linhas de crédito voltadas para práticas sustentáveis. 

Carlos César Floriano ressalta: “A integração Lavoura-Pecuária-Floresta é o caminho para uma produção que respeita o meio ambiente e aumenta a competitividade do produtor”.

A ILPF também contribui para a diversificação da renda do produtor, uma vez que a integração permite que diferentes produtos, como grãos, carne e madeira, sejam obtidos da mesma propriedade. 

Com essa prática, o agricultor pode melhorar sua resistência às oscilações de mercado e às condições climáticas adversas, gerando uma produção mais estável e resiliente.

Fonte: VMX Agro

Carregue mais postagens relacionados
Carregue mais por Porto Notícias
Carregue mais em Agronegócio
Comentários estão fechados.

Verifique também

Homem de 47 anos morre após acidente de moto em Juara

Valmir da Silva Pinto, de 47 anos, faleceu na madrugada desta sexta-feira (06), por volta …