Home Ultimas Notícias Tribunal mantém ordem para prender acusado de esquartejar homem em fazenda em Porto dos Gaúchos

Tribunal mantém ordem para prender acusado de esquartejar homem em fazenda em Porto dos Gaúchos

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O Tribunal de Justiça negou um pedido da defesa para revogar a prisão de um dos acusados de matar e esquartejar um homem identificado, até o momento, pelo apelido de “Gordinho”. O crime foi cometido em maio de 2019, em uma fazenda a cerca de 100 quilômetros do centro de Porto dos Gaúchos (240 quilômetros de Sinop). As partes do corpo da vítima foram encontradas aos fundos da propriedade, em um córrego.

A defesa alega que o réu “está submetido a constrangimento ilegal, em razão de não lhe ser concedido o direito de recorrer em liberdade” e que a decisão que manteve o decreto de prisão preventiva “se encontra desprovida de fundamentação, além da ausência dos requisitos autorizadores da medida constritiva”. Destacou ainda que o acusado “possui predicados pessoais favoráveis” para aguardar o julgamento em liberdade.

O relator do recurso, desembargador Rui Ramos Ribeiro, lembrou, no entanto, que, até o momento, o suspeito não foi localizado. “Além da gravidade concreta dos delitos supostamente praticados pelo beneficiário, considerou-se para fundamentar a segregação cautelar a necessidade de assegurar a aplicação da lei penal, uma vez que o paciente permanece foragido até os dias atuais, estando em local incerto e não sabido”, comentou o magistrado, que teve o voto seguido por unanimidade pelos demais desembargadores da Segunda Câmara Criminal.

Em março, conforme Só Notícias já informou, o juiz Rafael Depra Panichella decidiu mandar a júri popular os dois suspeitos de envolvimento no crime. Na decisão, Panichella citou indícios de materialidade e autoria, definindo que os réus deverão ser submetidos a julgamento por homicídio qualificado, cometido por motivo fútil e mediante recurso que dificultou a defesa da vítima. Também responderão por tentativa de homicídio, que teria sido cometido para “assegurar a impunidade” do assassinato. Os dois réus ainda serão julgados por porte ilegal de arma de fogo e ocultação de cadáver.

Conforme a denúncia, o crime foi praticado pelos dois homens. Um policial civil revelou, ao Só Notícias, que um dos presos confessou o crime e alegou um desentendimento antigo com as vítimas. Ainda segundo o investigador, o suspeito contou que “amarrou a vítima na garupa da moto e saiu arrastando. Levou às margens do rio e cortou as duas pernas, cabeça e uma das mãos. Além disso, também abriu o tórax”.

 

Fonte: Só Notícias/Herbert de Souza 

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