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Uso de agrotóxico causa a morte de 100 milhões de abelhas em MT

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O dono de uma propriedade que cultiva algodão, localizada em Sorriso (420 km ao Norte de Cuiabá) foi multado em R$ 225 mil devido a utilização de agrotóxico com o ingrediente ativo Fipronil, o que causou morte de mais de 100 milhões de abelhas na região.

A multa é resultado da averiguação realizada por servidores do Instituto de Defesa Agropecuária (Indea).

A ação apontou o uso irregular do defensivo agrícola contendo princípio ativo que é extremamente tóxico às abelhas e é usado no controle de pragas em diversas culturas como algodão, soja, arroz, batata, dentre outras.

O fato foi registrado em junho passado.

Conforme o Indea, o trabalho de investigação foi realizado em um raio de extensão de 30 km, e o envenenamento por agrotóxicos foi elencado como a causa mais provável, já que a ocorrência de mortes dos insetos foi súbita e em área de grande extensão, o que descarta a possibilidade de quaisquer doenças conhecidas.

As análises de campo duraram sete dias.

Nesse período, os servidores da autarquia estadual percorreram as áreas onde foram registradas as mortes nos apiários, colheram amostras e realizarem a fiscalização em 22 propriedades que circundam os locais das mortandades dos insetos.

Durante o trabalho, as equipes constataram que, um dia anterior às mortes das abelhas, uma propriedade que cultiva algodão utilizou o produto agrotóxico com o ingrediente ativo Fipronil de forma irregular.

O nome do proprietário não foi divulgado.

As coletas de abelhas nas colmeias atingidas foram enviadas para o Instituto Biológico – Laboratório de Ecologia dos Agroquímicos, em São Paulo, sendo constatada a presença do princípio ativo Fipronil, em todas as amostras, conforme laudos laboratoriais.

Devido à irregularidade constatada, o proprietário foi autuado em cerca de R$ 225 mil.

O relatório elaborado pela equipe do Indea de Sorriso foi enviado aos gestores para encaminhamento à Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema-MT), ao Ministério Público (MPE-MT) e ao Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Mato Grosso (Crea-MT).

O caso continua sendo investigado para averiguação das responsabilidades cíveis e criminais cabíveis e de ocorrência de danos ambientais.

Diário de Cuiabá
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