O deputado Wilson Santos (PSDB) voltou a criticar os bilionários de Mato Grosso, e afirmou que o modelo em que “meia dúzia” ganhou essa quantidade de dinheiro “do dia para a noite” não interessa mais no estado. O parlamentar ainda citou que 400 mil pessoas dependem de doações de cestas básicas para viver no estado, e elogiou o fato de a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) instaurada pela Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT) e pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE) investigar o agronegócio.
Questionado se a Casa de Leis estaria pronta para entrar no “vespeiro”, o parlamentar rebateu que ele está. Wilson chegou a citar novamente a doação feita por Elusmar Maggi Scheffer ao Internacional de Porto Alegre. “Essa questão que eu citei é uma questão ‘en passant’, é só um exemplo. A questão central é que modelo de desenvolvimento interessa à maioria da população deste estado. Este modelo que está aí, onde meia dúzia tornou-se bilionário do dia para a noite não interessa à maioria do povo de Mato Grosso. O conselheiro Antônio Joaquim trouxe a informação de que quase 400 mil pessoas dependem de cesta básica para sobreviver neste estado. É o estado que tem a 6ª maior renda per capita do país, tem um crescimento que é o triplo do crescimento nacional nos últimos 20 anos, é um estado que vende riqueza e parte de sua população passa fome, isso não está certo”, afirmou Wilson.
O deputado disse ainda que acredita que mesmo com diversos deputados oriundos do agro, o “espírito público” falará mais alto. “Em que pese a origem econômica das suas atividades, mas o espírito público e a observação da sociedade vão fazer com que eles façam observações pertinentes. A observação do deputado Avalone, ele é do setor empresarial, mas fez um relatório descente, importante, transparente, e eu creio que os demais relatores vão agir da mesma forma”, garantiu.
“Esse assunto tem que ser aberto, essa caixa de pandora tem que ser aberto, a sociedade é quem paga impostos, nós vamos cumprir nosso trabalho. Muito mais motivados agora com essa proximidade com a volta do conselheiro Antônio Joaquim, e tenho certeza que daqui a cinco meses vamos apresentar a Mato Grosso um relatório esclarecedor”, finalizou o parlamentar.
Fonte: Porto Notícias com Olhar Direto – Isabela Mercuri – Max Aguiar