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Secretário estadual de Saúde diz que MT já vive 3ª onda de Covid

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De acordo com o secretário de Estado de Saúde, Gilberto Figueiredo, Mato Grosso já vive o início de uma terceira onda de Covid com agravantes de ao menos 8 novas variantes do vírus circulando. Ele alerta que o número de óbitos é significativo e que o comportamento da população é displicente.

“Acho que já estamos em uma terceira onda que é quando se tem um período de declínio e começa uma nova onda que já começa a parecer. A gente tem novas variantes, em alguns municípios vemos um crescimento substancial e, provavelmente, nós temos uma onda nova a ser administrada daqui para frente”, avaliou em entrevista à rádio Capital, nesta quinta (20).

Gilberto já se curou de duas infecções e teve complicações sérias pela doença. Ele considera difícil prever em quantos dias a terceira onda pode se agravar, pois isso estaria muito relacionado ao comportamento da população, citou como agravante a flexibilização das medidas de distanciamento como as que foram adotadas em Cuiabá pelo dia das mães quando o comércio pode atender em horários estendidos.

“Já estivemos em uma situação mais confortável, em que pese a ocupação dos leitos de UTI esteja em 77%, os efeitos deste crescimento, do que se começa a apresentar, vamos perceber na hospitalização daqui a 15 ou 20 dias”, conta.

Adiada desativação do Centro de Triagem

Com custo mensal de R$ 5 milhões e tendo destinado cerca de R$ 50 milhões para a unidade, o Governo do Estado planeja a desativação do Centro de Triagem na Arena Pantanal e já estava em processo de avisar a Prefeitura de Cuiabá para que tome medidas e se prepare em adequar a rede municipal para absorver a demanda. Mas teve que adiar o objetivo diante do alerta da terceira onda.

“Infelizmente, nos últimos dias a gente já está vendo um crescimento dos atendimentos no Centro de Triagem e já não temos uma data definida para desativar”, avisa o secretário.

Afirma que teve erro estratégico de municípios que executam que não estariam seguindo o Plano Nacional de Imunização e garante que o Ministério da Saúde já regularizou o envio da segunda dose da Coronavac.

“Alguns municípios ainda insistem em começar a vacinar públicos que não estão na ordem prioritária ou intensificando a vacinação das doses reservadas para segunda dose e isso gera um estrangulamento. Mas o planejamento correto predispõe não faltar a segunda dose, já que existe uma orientação para armazenar a segunda dose e garantir”, disse.

Apesar do que afirma Gilberto, a orientação do Ministério era para aplicar todos as doses com a promessa de que viriam novas remessas a tempo de aplicar a segunda dose. Mas, como não havia previsão de fabricação de vacinas que atendesse a todo o país na mesma velocidade em que as pessoas estavam sendo vacinadas, o próprio governo federal mudou a orientação e passou a determinar que fosse reservada a segunda dose. O assunto inclusive foi questionado ao ex-ministro Eduardo Pazuello em depoimento na CPI da Covid no Senado.

 

RD News/Andhressa Barboza

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