O desembolso do crédito rural atingiu praticamente R$ 234 bilhões no período de julho de 2020 a maio de 2021, segundo o Balanço de Financiamento Agropecuário da Safra 2020/2021, o que é motivo de grande celebração para Carlos César Floriano, CEO do Grupo VMX, ao comentar que “este valor representa um aumento de 19% comparativamente ao mesmo período da safra passada”, explica.
Neste montante estão incluídos os R$ 17,7 bilhões provenientes das contratações com a fonte de Letra de Crédito do Agronegócio (LCA) para desconto em Cédula de Produto Rural (CPR) e operações com a Agroindústria.
Para os especialistas brasileiros e internacionais do agronegócio, esse desempenho confirma o bom momento da agricultura brasileira e a credibilidade alcançada pelo setor agrícola e pelos produtores rurais, com indicativos de que a safra futura poderá ser ainda mais próspera, mesmo com o cenário de tantas incertezas mundiais causadas pela pandemia.
De acordo com a Secretaria de Política Agrícola (SPA), os valores programados para o crédito rural, de R$ 236,3 bilhões serão superados, pois os saldos dos programas de investimento, e de outras finalidades, ainda não contratados, terão sua contratação efetivada, tão logo a Secretaria do Tesouro Nacional autorize a reabertura das linhas, o que deve acontecer imediatamente após a sanção do PLN nº 4.
Ainda segundo a Secretaria de Política Agrícola (SPA), outras operações deverão ser contratadas no mês de junho com recursos livres ou controlados, mas sem equalização.
Carlos César Floriano explica as contratações
Todas as finalidades tiveram uma elevação no valor das contratações do crédito rural, em relação à igual período da safra 2019/2020.
Os investimentos foram os mais significativos, com R$ 65,9 bilhões contratados, ou seja, representou um aumento de 47%. O custeio teve R$ 117,1 bilhões em contratações (aumento de 21%), a industrialização com R$ 11,4 bilhões (acréscimo de 11%) e a comercialização com R$ 21,8 bilhões (elevação de 5%).
Os financiamentos de custeio, na atual safra, atingiram R$ 23,8 bilhões (representando um acréscimo de 5%) no Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural (Pronamp), R$ 16,1 bilhões (elevação de 25%) no Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) e R$ 77,1 bilhões (aumento de 26%) em relação aos demais produtores.
O Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) é o financiamento para custeio e investimentos em implantação, ampliação ou modernização da estrutura de produção, beneficiamento, industrialização e de serviços no estabelecimento rural ou em áreas comunitárias rurais próximas, para a geração de renda e à melhora do uso da mão de obra familiar.
No que se refere à participação das fontes de recursos utilizadas nas contratações do crédito rural, as controladas representaram 57% e as não controladas 43%.
Para Carlos César Floriano, “mesmo com um pequeno decréscimo nas contratações com recursos Obrigatórios, que representou uma diminuição de 4%”, sua participação no crédito rural foi de 21%, se situando em R$ 48,4 bilhões.
A participação das contratações com recursos Obrigatórios foi de 20%, ou seja, de R$ 46,5 bilhões, para os recursos da fonte de Letra de Crédito do Agronegócio (LCA).
Assessoria