Polícia Federal cumpriu, nesta quinta (11), dois mandados de busca e apreensão para prevenir e reprimir práticas reiteiradas de ameaças a servidores lotados da Funai, no distrito de Guariba, em Colniza ().
De acordo com a PF, os servidores estão lotados na na Frente de Proteção Etnoambiental Madeirinha-Juruena, que monitora a Terra Indígena Kawahiva do Rio Pardo, que são um povo isolado e não tem vivência integrada com a sociedade.
Também em apoio ao trabalho da Funai, o Ministério da Justiça e Segurança Pública autorizou o emprego da Força Nacional de Segurança Pública no território por 30 dias, segundo medida publicada em portaria no Diário Oficial da União desta sexta – saiba mais abaixo.
A PF aponta ainda que os alvos da operação estão proibidos de aproximação ou manutenção de contato, diretamente ou por pessoa interposta, com os funcionários da unidade, de aproximação a 100 metros da base e também de acesso a terra indígena.
Segundo a Funai, a Terra Indígena Kawahiva do Rio Pardo tem 411.844 hectares. Os Kawahiva (Tupi-Kawahib) pertencem ao tronco linguístico Tupi da família Tupi-Guarani.
A cobiça de não indígenas pela região motivou, por anos, ações da Funai no sentido de proteger e conservar a área. A presença da Força Nacional se fez necessária após a intensificação de conflitos por madeireiros na região.
Assim, a operação da polícia tem como objetivo prevenir e reprimir a intimidação aos servidores da FUNAI e, por consequência, manter incólume os indígenas Kawahiva do Rio Pardo.
Apoio da Força Nacional
Segundo a portaria, a Força Nacional atuará nas atividades e serviços “imprescindíveis à preservação da ordem pública, da incolumidade das pessoas e do patrimônio, em caráter episódico e planejado”. A medida valerá por 30 dias, podendo ser prorrogada se necessário.
o contingente a ser disponibilizado será definido a partir de planejamento da Diretoria da Força Nacional, vinculada à Secretaria Nacional de Segurança Pública. (Com assessoria e informações da Agência Brasil)