A perda de biodiversidade e as guerras geram graves ameaças para “a sobrevivência da humanidade”, alertou o papa Francisco nesta quarta-feira (13), em uma mensagem enviada aos participantes de uma conferência sobre a mudança climática no Vaticano.
A conferência de dois dias, que começou nesta quarta-feira, organizada pela Pontifícia Academia das Ciências, sob o título “A resiliência dos povos e ecossistemas ao estresse climático”, visa encontrar soluções práticas que aumentem a resiliência das pessoas e dos ecossistemas.
“A perda da biodiversidade e as muitas guerras que ocorrem em várias regiões do mundo têm consequências adversas para a sobrevivência e o bem-estar da humanidade, incluindo problemas de segurança alimentar e crescente poluição”, alertou o papa.
O fenômeno da mudança climática se tornou uma emergência que não está mais à margem da sociedade. E que assumiu um papel central ao afetar a família humana (…) especialmente os pobres e os que vivem nas periferias econômicas do mundo”, escreveu o pontífice em uma mensagem enviada em inglês.
Francisco, muito sensível à questão ecológica, lembrou que a Santa Sé, em nome e em representação do Estado da Cidade do Vaticano, adere a partir deste mês à Convenção-Quadro da ONU que prevê a limitação do aquecimento global.
Para abordar as mudanças climáticas e seus impactos negativos, os líderes mundiais na Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP21) em Paris concordaram em reduzir substancialmente as emissões de gases de efeito estufa a longo prazo, com o objetivo de limitar o aumento da temperatura global neste século a 2 ºC e se esforçar para limitar esse aumento a até 1,5 ºC.
O pontífice argentino exortou “as nações economicamente mais favorecidas a reduzir suas próprias emissões e fornecer assistência financeira e tecnológica às regiões menos prósperas para que possam seguir seu exemplo”, destacou.
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AFP