O fazendeiro Didi Pimenta, natural de Araçatuba (SP), que tem propriedade no município mato-grossense de Campinápolis, estaria financiado o indígena José Acácio Serere Xavante, preso pela Polícia Federal, na tarde desta segunda-feira (12), por ordem do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, atendendo pedido da Procuradoria Geral da República (PGR). O próprio financiador afirma em vídeo que “mandou índios para Brasília” para atos contra a diplomação e posse do presidente da República eleito Lula (PT). Veja Vídeo
Na gravação, o fazendeiro explica a ação e pede mais ajuda financeira. Didi Pimenta ainda afirma que foi procurado pelo cacique porque “queria ajudar na manifestação” em Brasília.
Didi Pimenta também conta que, junto com um grupo de amigos, enviou os indígenas em “oito ônibus de índios”. No domingo (12), teria mandado “outras etnias” para Brasília.
Agora, Didi Pimenta diz que está com dificuldade de manter os indígenas na Capital Federal. Por isso, pede PIX entre R$ 30 e R$ 500 que podem ser repassados para ele ou diretamente a Serere Xavante.
“Estamos empenhado nessa luta junto com Serere e os Xavantes para manter nossa democracia e nosso capitão no governo”, disse o fazendeiro, se referindo a Bolsonaro.
De Campinápolis
Serere vive Terra Indígena Parabubure, na região de Campinápolis, onde cerca de 27 mil indígenas vivem distribuídos em nove terras indígenas. Inclusive em 2020, foi candidato a prefeito da cidade pelo Patriota e ficou na última colocação.
A decisão religiosa ocorreu após ser preso por tráfico de drogas. Ele diz que recebeu uma aula para se tornar pastor dentro da prisão e depois “seguiu o chamado”.
Há seis anos, Serere Xavante casou com uma não indígena e atua como pastor evangélico. A conversão aconteceu após prisão por tráfico de drogas.
Jacques Gosch/RD News
