Carlos Fávaro, integrante da equipe de transição do governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e escolhido para comandar o Ministério da Agricultura, disse nesta sexta-feira (30), em entrevista ao Bom Dia MT, da TV Centro América, que a pasta sofreu “desmonte orçamentário” durante o governo de Jair Bolsonaro (PL). Por outro lado, na opinião de Fávaro, a Agricultura foi menos atingida que outros ministérios por sucateamento de infraestrutura e de gestão.
Fávaro e outros 15 nomes foram anunciados nessa quinta-feira (29), e vão compor o mais alto escalão do governo eleito. Entre outros destaques, estão Simone Tebet (MDB) no Planejamento, Marina Silva (Rede) na Pasta de Meio Ambiente e Sônia Guajajara no Ministério dos Povos Indígenas.
O atual senador citou um histórico de ministros que tiveram à frente do Ministério da Agricultura e disse que eles, ao longo do tempo, estiveram alinhados com o setor, o que favoreceu o desenvolvimento agrícola e pecuária do país.
“No Ministério da Agricultura não houve um desmonte de infraestrutura e de gestão. Houve, sim, um desmonte orçamentário. A Embrapa por exemplo teve o seu orçamento reduzido a 96,5% para pagar folha de pagamento e manutenção. Ou seja, 3,5% para fazer pesquisa, inovação e tecnologia. Nós vamos recompor isso.”, destacou ao Bom Dia MT.
O senador destacou que a nova gestão do presidente eleito será baseada no diálogo. Ele pontuou que os ataques feitos ao petista devem ficar apenas na campanha e que, com a posse, o setor também será atendido no governo.
“Lula já foi presidente do Brasil. Já governou e estava lá na entidade de classe. Nós tínhamos diálogo. Não taxou a exportação. Não acabou com a segurança jurídica das propriedades. Garantiu o direito ao crédito, o direito ao financiamento, a investimentos. Fez o Código Florestal. Abriu mercados internacionais”, argumentou Fávaro.
O ministro escolhido por Lula ainda defendeu a produção sustentável. Para Fávaro, não há como dissociar a produção agrícola da sustentabilidade.
G1-MT