Carlos Daniel da Silva de Oliveira, de 23 anos, permanece detido na cadeia pública de Porto dos Gaúchos após ter efetuado um disparo de arma de fogo contra Amilton Junior Reolon Neves, de 21 anos, no último dia 15 de julho, em uma conveniência localizada no centro da cidade. A tentativa de homicídio ocorreu após um desentendimento entre os dois, supostamente relacionado a conflitos amorosos.
A Justiça da Comarca de Porto dos Gaúchos rejeitou pedido de habeas corpus solicitado pela defesa de Carlos Daniel, representada pelo advogado Deyvid Delbom. A defesa recorreu ao Tribunal de Justiça e aguarda a análise do pedido. Carlos Daniel está sendo investigado por tentativa de homicídio contra Reolon e porte ilegal de arma de fogo.
A raiz do conflito entre os dois foi um relacionamento amoroso com a mesma mulher, que culminou em desavenças e ameaças mútuas. Junior Reolon, de Juara, supostamente teve um caso com a ex-namorada de Carlos, que tinha uma medida protetiva contra ele e havia registrado um boletim de ocorrência.
No entanto, Carlos Daniel também havia registrado um boletim contra Junior Reolon, alegando ameaça. Poucos dias antes de ser alvejado na conveniência, Reolon teria passado armado em frente à residência de Carlos em Porto dos Gaúchos, efetuando diversos disparos de arma de fogo.
O conflito se agravou com trocas de provocações pelas redes sociais. Em 15 de julho, Carlos, armado com um revólver adquirido ilegalmente, dirigiu-se à conveniência onde Junior estava acompanhado pela namorada, e atirou contra ele.
As imagens das câmeras de segurança do local e o inquérito policial indicaram que Carlos tentou disparar mais vezes, mas a arma falhou. Após o ocorrido, Carlos fugiu, mas se entregou à polícia cerca de 48 horas depois do crime, acompanhado de seu advogado. Ele foi ouvido e, inicialmente, liberado.
No entanto, o delegado Dr. Bruno Palmiro, responsável pelo inquérito, solicitou a prisão de Carlos, que foi acatada horas depois pela justiça. O delegado disse a imprensa na ocasião que atitude de Carlos colocou a vida de várias pessoas em risco, pois ele atirou em um ambiente com diversas testemunhas, e também pesou contra ele o fato de não ter entregue a arma do crime. O delegado também rejeitou a alegação de legítima defesa apresentada por Carlos, que alegou que agiu por que vinha sendo ameaçado de morte por Junior Reolon.
Amilton Junior Reolon Neves, após ser atingido pelo disparo, ficou internado e perdeu um rim devido a complicações. Ele já recebeu alta hospitalar em Juara, onde esteve internado, mas também está sendo investigado em um inquérito policial relacionado ao atentado à residência de Carlos Daniel, conforme informou o delegado.
O caso continua sendo investigado pelas autoridades e acompanhado de perto pelo Porto Noticias.
Fonte: Porto Noticias