A Justiça marcou para o dia 18 de novembro o júri popular de Amilson Santos Pereira, que confessou o assassinato de Jaqueline dos Santos, de 24 anos, praticado em junho de 2020. Em Tabaporã.
Ela foi morta com um tiro na cabeça e teve o corpo parcialmente carbonizado.
O júri será realizado de forma híbrida, com a presença de apenas algumas partes no plenário. O réu, que está no presídio de Porto dos Gaúchos prestará depoimento por meio de videoconferência.
Ao marcar a data do julgamento, o magistrado ainda definiu que o acusado deverá continuar preso. O juiz citou a gravidade do crime e lembrou que o Tribunal de Justiça, em decisão recente, já havia negado a soltura do réu. “Cabe apenas ressaltar que o delito narrado nestes autos causou revolta na sociedade local, em que a vítima teve a vida ceifada ao que consta, após um encontro íntimo em local ermo, além do delito conexo de fraude processual, que remete a necessidade de segregação, aliado aos demais pressupostos que coexistem”, destacou Panichella.
Amilson, que era conhecido como repórter do povo, por postar vídeos mostrando situações precárias cotidianas no município e criticar autoridades políticas em sua rede social, será levado a júri por homicídio qualificado, cometido por motivo fútil, de maneira cruel, mediante recurso que dificultou a defesa da vítima e contra mulher em razão do gênero (qualificadora do feminicídio). Ele também será julgado por fraude processual e porte ilegal de arma de fogo.
Jaqueline foi encontrada morta no dia 20 de junho. O corpo foi encontrado carbonizado, próximo a um frigorífico desativado da cidade. A polícia recebeu o registro de desaparecimento feito pela mãe da vítima, que relatou que a filha havia saído de casa no dia 19 de junho, por volta do meio-dia, informando que retornaria em breve.
Conforme apuração da equipe policial, a vítima marcou um encontro com o investigado, com quem mantinha uma relação extraconjugal. Depois foi levada até o local onde foi encontrada morta. Após a conversa entre os dois, ela foi assassinada com um disparo de arma de fogo na cabeça. Em seguida, o homem foi até um posto de combustíveis, comprou etanol e retornou ao local do crime, onde ateou fogo na vítima.
Os indícios encontrados apontam que, possivelmente, a vítima ainda estava viva quando o autor do homicídio ateou fogo nela. Além da arma utilizada no crime, os policiais também apreenderam, durante o cumprimento dos mandados, o celular que o investigado possuía e utilizava para contatar a vítima, como o aparelho de Jaqueline, que foi levado pelo criminoso após a morte dela.
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Fonte: Porto Noticias com Só Notícias/Herbert de Souza